
Anthony Faustini.
Anthony Faustini, ex-líder global de vendas na Cisco para o portfólio de data center networking, acaba de assumir o cargo de vice-presidente de Vendas para as Américas da Commvault, multinacional de backup e recuperação de dados.
Faustini faz parte de uma série de mudanças na alta gestão da empresa, que incluem inclusive a mudança no cargo de CEO, com a saída do fundador Bob Hammer e a entrada de Sanjay Mirchandani, ex-CEO da Puppet, uma empresa americana de software de automação de TI.
O executivo é acostumado com grandes organizações de vendas. Na divisão e data center networking da Cisco, as encomendas anuais am de US$ 4 bilhões, o que é mais de quatro vezes o faturamento da Commvault em 2018, que foi de US$ 699,4 milhões, uma alta de 11%.
Em conversa com a reportagem do Baguete, Faustini disse que a companhia deve seguir atuando no seu modelo de vendas 100% por meio de canais no Brasil, incrementando para isso seus recursos internos de pré-vendas como apoio para os parceiros.
“Temos um portfólio completo em temas como data protection, multicloud e compliance”, aponta Faustini. “O Brasil é um país importante para nós e estamos comprometidos no longo prazo”, agrega o executivo.
A Commvault vem reforçando sua presença no Brasil por meio de distribuidores desde antes do grande sacode na gestão após a entrada do fundo de investimento Eliott no começo de 2018.
O Elliott é conhecido como fundo ativista, que compra participações minoritárias em companhias que acredita estarem com resultados abaixo do possível para começar a pedir mudanças de estratégia que façam as ações subir.
Em carta aos acionistas, o Elliott destacou que CA, NetApp, Oracle e Symantec, concorrentes da Commvault, tem uma performance melhor quase o tempo todo nos últimos cinco anos, apesar de terem o mesmo crescimento baixo e enfrentarem as mesmas condições econômicas.
A posição da Commvault é complicada adicionalmente pelo fato de enfrentar ao mesmo tempo concorrentes estabelecidos de grande porte e startups como a Rubrik, sendo uma empresa de porte médio para os padrões americanos, com faturamento abaixo de US$ 1 bilhão.
O cenário no Brasil, no entanto, é mais favorável para empresa. Por aqui, a Rubrik acaba de abrir as portas, comandada por Paulo Vendramini, executivo conhecido pela sua agem pela Symantec, onde ou por uma série de diferentes cargos na área comercial entre 2003 a 2013.
Dos concorrentes tradicionais, a CA demitiu boa parte da equipe no país depois da aquisição pela Broadcom e a Symantec está em meio um entra e sai infinito de altos executivos no país.