
Roberto Bertó, CEO da Under. Foto: Divulgação.
Por Roberto Bertó*
Estar atento às tendências e inovações do mercado é um desafio constante para qualquer profissional de TI, e isso afeta todos os níveis do mercado, de quem é técnico até os gestores. Para alguns, essa necessidade pode até criar preocupação. Tanto que até foi criado um termo para isso: FoMO.
FoMO é sigla para o termo em inglês “Fear of Missing Out” e significa o medo de perder algo ou ficar de fora de alguma coisa. Este termo não se aplica apenas ao meio tecnológico, podendo também abranger setores como o industrial, saúde e o de serviços. No caso de profissionais de TI, entretanto, “ficar de fora” pode ser o diferencial competitivo capaz de prejudicar uma carreira ou sua empresa.
Quando se trata de computação em nuvem, um dos principais pilares da transformação digital que as empresas vivem hoje em dia, esse medo (chamado de Cloud FoMO) é ainda mais latente. Uma pesquisa realizada pela Commvault no segundo semestre de 2017 junto a 100 profissionais de TI, mostrou que 81% dos entrevistados estão aflitos com a falta de inovação em suas companhias, o que pode representar a perda de oportunidade para seus negócios.
Quem mais sofre com este medo são os profissionais de nível executivo (o chamado C-level), como CIOs, CTOs e até mesmo os CEOs. Em meio ao rápido avanço das tecnologias e a oferta gigantesca de soluções na nuvem, a dúvida por onde ou como fazer a digitalização dos negócios fez diversas empresas segurarem investimentos e começarem tardiamente suas transformações.
As perguntas são as mais diversas: que aplicações podem ser migradas para a nuvem? O quão seguro é levar os dados de uma empresa para estes ambientes? Nuvem privada, pública ou híbrida? Como lidar com softwares legados? Como lidar com a resistência interna à mudança?
Essas são apenas as perguntas para começar a história. Quando se entra em outras inovações habilitadas pela nuvem, como big data, edge computing e Internet das Coisas, por exemplo, muitas empresas brasileiras ainda tem um considerável dever de casa pela frente. Neste caso, estar em o com as inovações de nuvem deixa de ser um medo: é uma necessidade de sobrevivência.
Se existe um lado positivo no Cloud FoMO, é o indicativo que praticamente todos os executivos de TI sabem o quanto a computação em nuvem é um caminho evolutivo sem volta para a transformação, melhoria e continuidade de seus negócios. Com o planejamento adequado, assim como o apoio de parceiros especializados na área, a transição pode ser feita com segurança e baixo impacto para a operação.
Por isso, é hora de confrontar o medo referente à velocidade da inovação e buscar as tecnologias que mais podem agregar valor ao seu negócio. As opções são variadas, e mais de uma podem atender as necessidades tecnológicas. Na maioria dos casos de transformação digital, os primeiros os sempre foram os mais difíceis, lidando com mudanças radicais no cenário tecnológico e cultural de diversas companhias. O bom disso tudo é que, dado o primeiro o, sua empresa já terá uma maior confiança e, sobretudo, estrutura para inovar ainda mais, sem medo de perder oportunidades.
*Roberto Bertó é CEO da Under. Texto originalmente publicado no blog da empresa.