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Caito Maia. Foto: divulgação.
A Chilli Beans, marca de óculos escuros com 550 lojas no Brasil, deve fazer o go live nas próximas semanas do software de gestão All in One da SAP, com consultoria da paulista Formers.
“Será um dos maiores investimentos que eu já fiz na companhia e é parte da preparação para a nossa meta de chegar a 1 mil lojas até a Olimpíada”, afirmou Caito Maia, presidente da empresa.
Maia explicou no SAP Fórum a história da Chilli Beans, que começou com o empresário trazendo uma mala com 250 óculos baratos dos Estados Unidos no final da década de 90 até virar uma potência nacional, com faturamento de R$ 200 milhões em 2012.
Usando um tênis verde limão, Maia manteve ao longo da apresentação o tom jovial da marca, que triunfou ao ver a oportunidade de vender óculos escuros como um ório de baixo custo para um público jovem.
O estilo jovem e o gosto por golpes de marketing extravagantes - o congresso de vendas da Chilli Beans foi feito num navio cruzeiro, em meio a shows de bandas de rock e uma festa contínua de 36 horas e 3 mil convidados - não significam no entanto um gestor irresponsável.
O projeto de implementação do ERP da SAP na Chilli Beans inclui um módulo de mobilidade pelo meio do qual os donos das franquias poderão informar resultados e enviar fotos dos pontos de venda em tempo real.
Com uma estratégia baseada em quiosques franqueados por R$ 40 mil, divididos meio a meio entre taxa de franquia e capital de giro, a Chilli Beans tem no posicionamento do ponto de venda um aspecto fundamental do negócio.
“Em um shopping trocamos de andar e as vendas do quiosque dobraram”, exemplificou Maia, em um exemplo de como um controle maior ponto a ponto pode ajudar a alavancar as vendas gerais da marca.
O controle a distância fica mais importante em um cenário de expansão internacional. Neste ano, a Chilli Beans deve abrir 26 novas lojas nos Estados Unidos e outras 40 no Oriente Médio.
A Chilli Beans, que em setembro do ano ado recebeu um aporte de valor não revelado do fundo Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, é o maior case até o momento da Formers.
Com dois anos de atuação em projetos de sistemas de gestão para varejo, mobilidade e business analytics, a Formers tem presença em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A companhia faturou R$ 12 milhões em 2012 e projeta mais que dobrar neste ano, atingindo R$ 25 milhões. Em um cenário mais ou menos consolidado das revendas SAP, a iniciante bancada por investidores anônimos tem chamado atenção.
A empresa contratou Marcelo Duarte, ex-diretor da regional da Sonda Procwork no Rio Grande do Sul, para assumir sua diretoria comercial.
Além disso, a Formers já participa no SAP Co-Innovation Lab Brasil (COIL) e em eventos mundiais da multinacional alemã como o Sapphire, no qual a empresa foi uma das três expositoras brasileiras, junto com a Sigga e Stefanini.
No SAP Fórum, tem um dos espaços mais bem posicionados, no qual montou uma espécie de mini loja focando o público de empresas varejistas, como direito a distribuição de óculos - Chilli Beans, é claro.
* Maurício Renner cobre o SAP Fórum em São Paulo à convite da SAP.