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O BNDES vai investir R$ 1 bilhão até 2014 em empresas por meio de fundos seus fundos de venture capital, private equity e capital semente.
Ainda em 2012, o BNDES vai lançar dois fundos de venture capital em tecnologia da informação, um fundo multissetorial e dois fundos de private equity. Também serão lançados os fundos Criatec II e Criatec III, dirigidos a empresas emergentes com foco em inovação.
Conforme Luciano Coutinho, presidente do BNDES, que realizou a palestra de abertura do Congresso promovido pela ABVCAP, o valor pode quintuplicar com aportes de fora do banco.
“Para cada R$ 1 real investido pelo BNDES, esperamos mais R$ 4 vindos do mercado, o que poderá multiplicar esses R$ 1 bilhão em R$ 5 bilhões, à medida que o mercado transita na direção de ativos com retorno elevado e que a taxa Selic cai”, afirmou Coutinho.
O BNDES dispõe atualmente de 29 fundos, entre fundos voltados ao capital semente e venture capital e outros 15 de private equity.
Nos últimos sete anos o banco agregou mais 23 fundos, encerrou nove e parte desses fundos está amadurecendo. No total, esses fundos realizaram investimentos em 199 empresas.
Segundo estudo da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), a indústria de private equity e venture capital deve ter um crescimento de 20% no Brasil, em 2012, em relação ao volume de investimentos e número de empresas investidoras.
De acordo com Clóvis Meurer, presidente da ABVCAP, o cenário é de otimismo na indústria de PE, com novos investidores estrangeiros interessados no Brasil e uma maior diversificação de áreas para aportes, como energia e turismo.
Depois do volume de captações ter atingido US$ 7 bilhões em 2011, mais do que cinco vezes superior ao montante total captado em 2010, que foi de US$ 1,1 bilhão – segundo dados da EMPEA (Emerging Markets Private Equity Association) – o Brasil mantém perspectivas muito favoráveis para o ingresso de capital e os investimentos no setor.
Estimativa da ABVCAP é que até junho o setor vai contabilizar de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões entre recursos movimentados nos últimos 18 meses.
O Brasil respondeu por 18% de todo o volume captado por fundos de private equity em emergentes no ano ado e foi o segundo principal destino dos recursos captados pelos fundos no primeiro semestre de 2011 – atrás apenas da China.
Os dois países juntos lideraram as captações dos países emergentes, com um US$ 23,7 bilhões, o equivalente as 61% do total de captações dos emergentes, que foi de US$ 38,6 bilhões.