
Niva Ribeiro, VP de Pessoas da Vivo.
Estudantes do curso de istração do Insper, uma das melhores instituições de ensino superior do Brasil, poderão trocar o seu trabalho de conclusão de curso, o temido TCC, por um período de imersão dentro da Vivo.
Durante quatro meses, alunos irão uma vez por semana na companhia para coletar dados, fazer entrevistas e elaborar análises visando fazer um projeto de “inovação e melhoria operacional” dentro da Vivo.
Em nota, a operadora não chega a abrir quantos estudantes participarão do programa, que é voltado para alunos do 6º semestre do curso de istração da instituição e utiliza o método PDCA (Plan-Do-Check-Act ou Ciclo de Deming) para análise de planejamento de uma problemática fornecida pela empresa.
Emparentado com métodos como a manufatura lean e o sistema de produção Toyota, o PDCA é composto por várias etapas, como identificação do problema, análise do fenômeno, análise do processo, plano de ação, execução, verificação e ação.
Mentores da Vivo e do Insper acompanharão todo o processo e, ao final, avaliarão se os alunos conseguiram resolver de forma eficaz a problemática apresentada.
Os critérios de aprovação final no projeto am pelo uso de metodologia estruturada na resolução de problemas, utilização pertinente de ferramentas analíticas e estatísticas, além de investigação por hipóteses e lógica na comunicação.
“A partir da aproximação com jovens talentos, promovemos experiências que eles podem carregar para sua futura vida profissional. Além disso, nós como empresa, usufruímos da capacidade de diferentes formas de resolução de problemas, novos mindsets”, destaca Niva Ribeiro, VP de Pessoas da Vivo.
O tema não chega a ser mencionado, mas provavelmente a Vivo tem algum mecanismo para contratar um eventual aluno promissor, ou encaminhar ele para meios de contratação como um programa de trainees.
A Vivo tem se destacado nos últimos tempos por uma certa dose de "pensamento fora da caixa" e ousadia quando o assunto é atração de talentos, muitas vezes em parceria com instituições de ensino.
No ano dao, a empresa lançou um programa de trainee que incluía uma pós-graduação na ESPM, com direito a um módulo em Barcelona.
Os 30 selecionados estão fazendo a pós na ESPM em horário de trabalho.
Os programas de trainee começaram a ser introduzidos no Brasil no final dos anos 90, como uma forma de atrair profissionais recém formados.
Uma pesquisa no Google Trends, no entanto, mostra que o interesse pelo tema está diminuindo.
Em paralelo, cresce o interesse dos jovens profissionais pela cena de startups, que parecem estar se solidificando como a maneira mais interessante de ingressar no mercado de trabalho para o tipo de jovem altamente qualificado que um programa de trainee mira.