
Mais uma empresa a por cortes. Foto: Depositphotos
A Zoom, plataforma de videoconferência que explodiu durante a pandemia, demitiu cerca de 1,3 mil funcionários, o que representa um corte de 15% da sua força de trabalho.
As demissões foram justificadas pelo CEO Eric S. Yuan pela incerteza da economia global e seus efeitos sobre os clientes da empresa.
Segundo Yuan, até então o foco da empresa estava em melhorar o produto e erros foram cometidos. A companhia não teria dedicado o tempo necessário para analisar suas equipes ou avaliar se o Zoom estava crescendo de forma sustentável.
"Não fizemos uma única demissão sem a seriedade necessária. Nossa liderança examinou cuidadosamente e tomou decisões com base em prioridades críticas para o crescimento de longo prazo e também procurou funções que se tornaram excessivamente complexas ou duplicadas", diz a nota assinada pelo executivo.
Conforme o comunicado, Yun também planeja cortar seu próprio salário em 98% no próximo ano fiscal e renunciar seu bônus corporativo do ano fiscal de 2023.
Os membros da liderança executiva também devem ter uma redução de 20% em seus salários no próximo ano fiscal e perderão seus bônus corporativos do FY23.
Com o layoff, pode se confirmar que os tempos áureos do Zoom acabaram.
Em 2022, a empresa cresceu apenas 8% no segundo trimestre, faturando US$ 1,1 bilhão e ficando abaixo das suas próprias previsões. O lucro caiu 59%, para US$ 121,7 milhões.
São resultados que ficam muito longe do pico no terceiro e quarto trimestres de 2020, quando a companhia crescia na casa de 350%. As ações da Zoom estão sendo negociadas hoje por 84% menos do que nessa época.