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A equipe do X, antigo Twitter, se pronunciou através da conta oficial do microblog na plataforma dizendo que o site voltou a funcionar no Brasil devido a uma troca de operadora de rede na região.
De acordo com a companhia, quando o Twitter caiu no Brasil, a infraestrutura da plataforma na América Latina ficou inível para seu time.
“Para continuar provendo um serviço ideal para nossos usuários, mudamos nosso provedor de rede. Essa mudança resultou em uma restauração inadvertida e temporária para os brasileiros. Espera-se que a plataforma fique indisponível novamente em breve, enquanto damos continuidade aos esforços para trabalhar com o governo brasileiro para retornar para as pessoas do país”, disse a página.
HISTÓRICO
Elon Musk se envolveu recentemente em uma rusga com Alexandre Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, diante de descumprimentos da empresa no país.
Como resultado, o ministro decretou o bloqueio imediato do Twitter nacionalmente no último dia 31.
Com a decisão, restavam na rede social brasileiros que moram fora do país e aqueles que estavam usando soluções de VPN para ar a plataforma.
Diante da nova realidade, um grande contingente de usuários da rede social migraram para o BlueSky, fundado originalmente por Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter.
Nesse cenário, a plataforma da borboleta recebeu na última semana mais de 2 milhões de novos usuários, dos quais 90% são brasileiros.
Recentemente, Moraes determinou também o bloqueio das contas bancárias do X e da Starlink. Em seguida, foram transferidos R$ 18,5 milhões em dívidas para a conta da União.
Para a rede ser oficialmente liberada no país, seria necessário nomear um representante legal.
Na manhã desta última quarta-feira, 18, o aplicativo voltou a funcionar no celular de alguns internautas, depois de quase 20 dias de ter seu bloqueio determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi noticiado que Elon Musk, dono do X, teria supostamente driblado o bloqueio estabelecido por ordem judicial à plataforma no Brasil por meio de uma estratégia de proxy reversa, em que redirecionou o tráfego dos usuários brasileiros aos servidores da Cloudflare, estadunidense que fornece serviços de segurança da internet.
Segundo aponta o site O Antagonista, a tecnologia da norte-americana é amplamente usada por sites de empresas e governos no Brasil para se protegerem de ataques cibernéticos.
Desta forma, se as operadoras tentassem bloquear os IPs usados pela companhia, elas afetariam muitos outros serviços. O Pix, inclusive, poderia estar em jogo.
Nesse cenário, mesmo que haja novas tentativas de bloquear a rede social, elas poderão ser facilmente contornadas.
O especialista em tecnologia Fabio Akita, explicou em seu X, por sua vez, que bloquear o X no Cloudflare não é impossível, mas também não é “trivial”.
De acordo com ele, isso acontece pois a empresa não tem representante legal no Brasil, apenas um telefone de vendas.
Além disso, pode ser que a norte-americana demore para resolver este problema, já que sua jurisdição fica nos Estados Unidos, onde também está o X.