
A Wickbold tem quatro fábricas e nove centros de distribuição. Foto: Divulgação.
A Wickbold, produtora brasileira de pães, abandonou seu data center, instalado na matriz da companhia, em São Bernardo do Campo, e migrou suas aplicações de tecnologia para a nuvem da Hewlett Packard Enterprise.
A implementação do novo data center da companhia, usado para desenvolvimento de aplicações, garantia de qualidade e provas de conceito, começou em 2015. Logo, tudo relacionado à operação foi para a nuvem da HPE, desde aplicações mais simples até o e-mail e o ERP utilizado pela companhia.
“O planejamento foi muito interessante. Conseguimos realizar três grandes projetos: a criação de dois data centers, um deles na nuvem, renovação da estrutura de conectividade e a implantação do SAP. Tudo em um ano e meio”, ressalta Marcos Paulo Bertoncelo, CIO da Wickbold.
A mudança começou em 2012, quando a Wickbold, decidiu transformar a sua essência familiar e criar um board de diretores para modernizar seus negócios. Um dos projetos propostos foi a reestruturação da infraestrutura de TI da empresa, que começou com a chegada do atual CIO.
Até então, a Wickbold possuía racks de servidores usados e sem garantia de manutenção, o que limitava a capacidade de sustentação de novos projetos, como por exemplo a adoção de um sistema integrado de gestão (ERP).
Além disso, havia apenas um sistema, sem espelhamento, controlando as quatro fábricas e nove centros de distribuição da empresa. Portanto, uma falha no sistema impediria toda a operação brasileira de funcionar.
Com isso, há cerca de dois anos a empresa preparou um projeto que analisou todos os pontos com riscos eminentes para a operação – desde questões simples como o ar condicionado do data center, até detalhes complexos, como a independência de cada filial da empresa em relação à estrutura da matriz.
“Foram 12 meses de estudos, relatórios, planilhas e apresentações para que o projeto fosse aprovado. O que investimos nesse projeto equivale a um dia de perdas financeiras, caso tivéssemos algum problema na TI e parássemos a fábrica”, explica Bertoncelo.
Para mitigar riscos, a Wickbold e a Hewlett Packard Enterprise montaram um plano de contingência de três níveis para a migração.
Durante a fase de testes, a HPE criou um ambiente-bolha, ou seja, um retrato fiel da produção da companhia, testando tudo o que seria implementado.
“Ficamos nesse ambiente bolha por três semanas. Nós não tivemos rupturas no negócio, o que é muito importante. Migramos o ambiente em um dia e meio e a empresa continuou funcionando. Lógico que registramos lentidão, mas fizemos adequações de processos e a lentidão foi resolvida”, relata o CIO da empresa.
Após a adoção da infraestrutura HPE, as filiais ganharam contingência de conectividade e independência de sistemas.
“Hoje a TI da Wickbold é estratégica. Não somos mais um gargalo, somos mais rápidos, temos ambiente mais flexível e sem limitações. Escolhemos um parceiro que a nosso crescimento. Ganhamos sinergia, organização e ainda enxugamos nosso data center de 100 servidores para 60, mesmo ganhando espaço para crescer", completa Bertoncelo.
Para o próximo ano, a empresa terá o desafio de integrar a área de tecnologia da Seven Boys, recentemente adquirida pela Wickbold.