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Foto: divulgação.
A Walmart deu um puxão de orelha em seus funcionários em um comunicado interno vazado nesta última terça-feira, 28, referente ao compartilhamento de informações sensíveis da companhia com inteligências artificiais como o ChatGPT.
A varejista havia bloqueado anteriormente o uso da solução ao identificar atividades de colaboradores que considerou íveis de riscos para a empresa, conforme reporta o Business Insider.
Na nova nota, assinada pelo Walmart Global Tech, braço de tecnologia e engenharia de software da companhia, a empresa afirma ter liberado a ferramenta e desenvolvido um conjunto de normas para o uso de inteligências artificiais em sua rede de conexão.
“Colocar informações sobre a Walmart nessas ferramentas arrisca a exposição de informações do negócio, pode violar sua confidencialidade e impactar significativamente nossos direitos de códigos, produtos, informações e conteúdo. Todo associado é responsável pelo uso apropriado e proteção de dados da Walmart”, diz o comunicado.
A empresa deixou estritamente proibido abrir informações sensíveis, confidenciais ou de propriedade, incluindo dados financeiros, informações pessoais de clientes e dos próprios colaboradores, bem como estratégias da companhia.
Além disso, a Walmart também incentivou seus funcionários a não copiar e colar linhas de código em ferramentas como o ChatGPT, para que a tecnologia crie novas fórmulas.
Outro ponto reforçado foi a importância de checar a procedência das informações fornecidas pelos chatbots, que nem sempre seriam confiáveis.
Ao Business Insider, Erin Hulliberger, porta-voz da varejista, disse que não é incomum para a companhia avaliar novas tecnologias e providenciar normas de uso para seus colaboradores, uma vez que, assim como apresentam novos benefícios, também apresentam novos riscos.
Recentemente, a Amazon já havia alertado seus funcionários sobre os perigos do uso desta nova onda de inteligência artificial autogerada, após a ferramenta responder corretamente perguntas complexas de entrevistas de emprego para uma posição de programação e reproduzir dados internos da companhia, segundo o Daily Mail.
A Microsoft também não ficou atrás e disse aos colaboradores que podem usar a tecnologia no trabalho, desde que não comprometam informações sensíveis.
Na última semana, a JP Morgan também optou por restringir temporariamente o ChatGPT na companhia.
Segundo a CNN, a decisão não partiu de um incidente específico, mas sim por “coincidir com software de terceiros”.