Os voos brasileiros com escalas e conexões custam em média 30% a mais do que os comuns. É o que afirma um estudo realizado pelo Núcleo de Economia dos Transportes (Nectar), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica.
A pesquisa afirma que o custo elevado é referente aos serviços, aos gastos com tripulação e às tarifas que as companhias pagam para a Infraero. Todos reados para os ageiros no ato da compra do bilhete aéreo.
"Assim, a agem pode ficar até 75% mais cara do que um voo sem parada. Nossa avaliação é que isso acontece porque, no Brasil, há menos concorrência", diz Alessandro Oliveira, pesquisador do Nectar, em publicação da Folha de São Paulo.
Segundo a Folha, um voo de Porto Alegre até Recife custa R$ 1.684 se tiver uma escala ou R$ 1.815, com mais de duas escalas ou conexões.
Além disso, o estudo do Nectar apontou que voar em feriados é 3,8% mais caro, assim como em voos das 13h às 14h e das 17h às 18h, nos quais os bilhetes custam até 18% mais.
Apesar dos custos elevados, em setembro, a demanda de voos domésticos aumentou em 9,06%, em relação ao mesmo período do ano ado, ao que informa a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No acumulado do ano, o crescimento chegou a 18,52%.
Para reduzir custos
O estudo – que analisou mais de 2 milhões de tarifas cobradas na internet por voos entre 2008 e 2010, todas com partida dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos – mostra que nas compras com antecedência o preço das agens aéreas no país pode ser até 55% menor, como é o caso do aeroporto de Guarulhos.
Assim, comprar a agem com cinco dias de antecedência pode resultar em tarifas 21,4% mais baratas. Já antecipar em dez dias a compra reduz em 27,8% o valor das agens.
Para reduzir em 36,5% ou 38% o valor dos bilhetes, é preciso adiantar a compra, respectivamente, para 30 e 45 dias.