
O mercado brasileiro de PCs encerrou o ano de 2017 com um crescimento de 15%. Foto: Pexels.
O mercado brasileiro de PCs encerrou o ano de 2017 com um crescimento de 15%, atingindo um total de 5,19 milhões de unidades vendidas.
Para o IDC, os números mostram uma recuperação significativa depois de cinco anos de resultados negativos. Depois de um 2015 fraco em vendas, com 6,6 milhões de equipamentos comercializados, o setor fechou 2016 com 4,5 milhões de máquinas vendidas, uma queda de 31,7%.
De acordo com o IDC Brazil PCs Tracker Q4/2017, nos últimos três meses do ano ado, foram vendidas 1479 mil máquinas, 21% a mais do que no mesmo período de 2016.
“Foi o primeiro ano de crescimento nas vendas de PCs no país desde 2011, graças a fatores como a liberação do FGTS, que contribuiu para o poder de compra do consumidor, e o melhor Black Friday desde que começou a ser realizado no país. As empresas também voltaram a fazer investimentos para atualizar seu parque instalado, e projetos importantes do poder público, antes parados por conta da crise política, foram entregues no final do ano”, comenta Pedro Hagge, analista de pesquisa da IDC Brasil.
Nos resultados anuais, o crescimento maior foi dos notebooks, com altar de 26% nas vendas, contra 13% dos desktops.
Em termos de receita, as vendas em 2017 somaram R$ 11,73 bilhões, o que representa um crescimento de 3,3%. O preço médio de um PC caiu 10,5%, o que explica a diferença de crescimento em unidades e em receita.
A redução nos preços se deve à cotação mais favorável do dólar, além das ofertas que impulsionaram as vendas durante o ano.
As projeções para 2018 indicam um crescimento de 2%, com vendas em torno de 5,3 milhões de máquinas, ainda como reflexo da recuperação da economia e da estabilidade política, do aumento da confiança do consumidor e das empresas, e da demanda reprimida nos últimos anos.
“O segmento de PCs é já bem consolidado e maduro, com uma boa penetração de mercado. A tendência é mais de troca de equipamentos para atualização do que compra da primeira máquina, e isso se reflete também no tipo de equipamento vendido, há uma maior preocupação com qualidade e menos procura por produtos de entrada”, analisa Hagge.