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Baguete Diário
O mercado brasileiro vai receber uma enxurrada de ultrabooks com produção local a partir de junho.
Dell, CCE, HP, LG, Megaware, Positivo, Samsung e Semp Toshiba Informatica serão as primeiras empresas a fabricar no país as máquinas, que combinam aspectos dos notebooks com a onda emergente dos tablets.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 14, em um evento para jornalistas que antecede o Intel Developers Day, encontro da fabricante de processadores que volta a São Paulo depois de um hiato de seis anos.
Hoje, Acer, Asus, Dell, HP e Samsung vendem máquinas importadas, que acabam tendo um preço salgado para o mercado local. Ao todo, entre máquinas locais e importadas, estarão disponíveis no mercado 20 modelos, de 11 fabricantes.
Os últimos lançamentos apresentados no Intel Developers Day variam desde os R$ 3.799 do HP Folio, até os R$ 2.399 do Samsung Série 5 Ultra, ando por R$ 3.798 da oferta da Dell e R$ 2.999 da LG.
A redução de preço depende do nível de adesão do fabricante às exigências do Processo Produtivo Local do governo federal, que prevê descontos maiores de impostos de acordo com a quanidade de componentes locais nos equipamentos.
“Existem muitos fatores envolvidos, mas acredito que a redução de preço pode ficar entre 30 a 35%”, analisa Fernando Martins, presidente da Intel no Brasil.
A CCE divulgou seu primeiro ultrabook fabricado no país nesta segunda, 14, e a redução de preço não foi muito empolgante. A máquina, equipada com Intel Core i7, sai por R$ 2499. A Positivo também fez uma divulgação, sem falar em valores. Confira as duas configurações no detalhe abaixo.
A expectativa do mercado, no entanto, é que as fabricantes nacionais consigam colocar nas prateleiras no Natal modelos com preço abaixo de R$ 2 mil.
Embora reconheça a importância determinante do preço no sucesso do novo conceito em computação pessoal lançado no mercado pela Intel em janeiro, Martins prefere enfatizar o potencial do design e das funcionalidades para atiçar o "desejo" dos consumidores e alavancar as vendas dos novos produtos.
A multinacional vai se esforçar para vender essa ideia: um fundo de US$ 1 bilhao foi estabelecido para apoiar ações de marketing e outro de US$ 300 milhões para fomentar o desenvolvimento de componentes que permitam computadores cada vez mais finos, assim como novos aplicativos.
“Vamos unir o melhor do mundo dos tablets com o melhor do mundo do PC. Esse vai ser o Natal do ultrabook”, projeta Cassio Tiete, diretor de Estratégia e Novos Negócios da Intel do Brasil.
Unir o melhor dos mundos, no caso, significa criar máquinas finas, com espessura máxima de 21 milímetros; funcionais, com boot de menos de sete segundos e baterias com até oito horas de duração.
Funções inteligentes, como capacidade de fazer atualizações de segurança, e-mails e redes sociais em estado de economia de energia, sem interação do dono, também entram na roda.
Acima de tudo, a meta de indústria é criar um acontecimento capaz de encurtar o ciclo de renovação da base instalada de notebooks.
O cálculo de Intel é que, se todos os donos de notes decidirem trocar suas máquinas a cada três, ao invés de quatro anos, seria criado um mercado potencial de US$ 35 bilhoes.
A indústria definitivamente precisa de uma força: as vendas de PCs nos Estados Unidos caíram 3,5% no primeiro trimestre, enquanto no mundo a alta registrada ficou em 1,9%.
A desaceleração influenciou nos resultados da Intel, que no primeiro trimestre cresceu escassos 0,3%, para US$ 12,9 bilhoes.
Nesse cenário, o Brasil aparece mais uma vez como a salvação da lavoura em um mundo estagnado.
O terceiro mercado mundial de PCs teve alta de 12% no ano ado, totalizando 15,4 milhões de unidades, das quais 55% foram de notebooks e netbooks.
O país foi citado entre os pontos fortes na apresentação de Paul Otellini, CEO da Intel, e é o único a receber atualmente o Intel Developers Forum, junto com China e Estados Unidos, respectivamente os mercados número um e dois para PCs.
Serão os ultrabooks a maçã – nunca melhor dito – que a veterana indústria dos PCs precisa para voltar a seduzir o consumidor final? Ainda é cedo para dizer.
As vendas de ultrabooks ainda não alcançaram volumes expressivos para entrar no radar das medições de mercado, o que também tem impedido ganhos de escala e situado os preços nos Estados Unidos na faixa dos US$ 1.000.
A Apple, que lançou o MacBook Air ainda em 2008, colocou seu produto em US$ 999, mesmo tendo em conta que os consumidores estão dispostos a pagar mais pelos seus produtos.
Há razões para a esperança, no entanto.
Relatório da empresa de pesquisas Juniper Research prevê que os ultrabooks deverão crescer suas vendas a taxas três vezes maiores que os tablets nos próximos cinco anos.
Em volume de vendas, no entanto, os ultrabooks ainda vão perder para os tablets, que deverão vender 253 milhões de unidades em 2016, comparadas com 178 milhões de unidades dos ultrabooks no mesmo período.
CCE e POSITIVO
O CCE Info F7 terá processadores Intel Core i7, bateria com vida útil de no mínimo 5h, armazenamento SSD e espessura de 20mm. Um dos diferenciais do CCE Info F7 é o leitor ótico com gravador de CD e DVD.
O ultrabook tem tela ultrafina de 14 polegadas (1366x768 de resolução), memória RAM 4GB, Wlan 802 b/g/n, duas entradas USB 3.0, saída HDMI, leitor de cartão, Windows 7 Home 64 bits e conexão wi-fi.
Já a Positivo lançará duas máquinas.
O Positivo Ultra série X8000 têm 18mm de espessura, peso de 1,6kg e tela LCD com tecnologia LED de 14 polegadas, Processadores Intel Core i3 ou Core i5, sistema operacional Windows 7 Home Basic ou , memória RAM de 4GB ou 8GB DDR3, SSD de 32GB combinado a HDs de 320GB ou 500GB. Possuem ainda duas portas USB 3.0 e uma USB 2.0, Bluetooth 4.0, saída HDMI 1.4, leitor de cartões, rede Gigabit Ethernet e autonomia de bateria de até oito horas de duração.
Já os notebooks ultrafinos Positivo Ultra série X5000 pesam 1,8kg e vêm com disco óptico, telas LCD com tecnologia LED de 14 polegadas, Intel Core i3 ou Core i5, sistema operacional Windows 7 Home Basic ou , memória RAM de 4GB ou 8GB DDR3, HD de 500GB ou 750GB, uma porta USB 3.0, duas portas USB 2.0, Bluetooth 4.0, saída HDMI 1.4, rede Gigabit Ethernet e autonomia de bateria de até cinco horas de duração.
Maurício Renner cobre o evento da Intel em São Paulo a convite da empresa.