
A Vale, mineradora brasileira, está concorrendo ao prêmio Public Eye Award na categoria de pior empresa do mundo.
Essa é a primeira vez que a brasileira participa da premiação criada pelas ONGs Grenpeace e Declaração de Bernia, que há seis anos elege a pior empresa do planeta por voto popular.
Na disputa pelo inglório título, a Vale concorre com a mineradora americana Freeport, o grupo financeiro Barclay's, a sul-coreana de eletrônicos Samsung, a suíça de agronegócios Syngenta e a companhia de energia Tepco.
De acordo com publicação da Veja, a Tepco, que opera as usinas nucleares de Fukushima no Japão, lidera o ranking, com 8,5 mil votos. A brasileira está em quarto lugar, com 4,3 mil votos.
“A Vale foi indicada pelos 70 anos de história ‘manchada’ por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da natureza”, justifica o site da premiação Public Eye Award.
Os organizadores da votação condenam também o fato de a Vale, em abril do 2011, ter comprado uma participação no Consórcio Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte, no Pará.
Procurada, a Vale não se pronunciou sobre a indicação, que apresentará o vencedor no final de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Segundo a Veja, a empresa disponibiliza anualmente um relatório de sustentabilidade, que está publicado no site da companhia.
Para 2012, a Vale prevê investir US$ 1,648 bilhão, sendo US$ 1,354 bilhão na proteção e conservação ambiental, e US$ 293 milhões em programas sociais. A cifra supera a estimativa feita para o ano ado, que era de US$ 1,194 bilhão.