
Como a vacina chegou em Minas? Mistérios. Foto: Pexels.
A vacina da Covid já está disponível no mercado negro no Brasil.
Segundo a revista Piauí, um grupo de cerca de 50 políticos, empresários e familiares, a maioria ligados ao setor de transporte de Minas Gerais, se vacinou por conta própria em Belo Horizonte nesta terça-feira, 23.
Eles teriam recebido a primeira dose da vacina da Pfizer, de acordo com a apuração da Piauí. A próxima seria dada em 30 dias. As duas doses teriam custado R$ 600 por cabeça.
O ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), confirmou à Piauí ter tomado a vacina, a convite dos organizadores, sem pagar.
A ação é contrária às regras do governo, que prevê que organizações que quiserem adquirir a vacina por conta própria devem inicialmente doar todas as doses ao SUS até que os grupos de risco – 77,2 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde – tenham sido plenamente imunizados em todo o país.
Depois, as vacinas compradas pela iniciativa privada devem ser divididas meio a meio com o SUS, numa operação fiscalizada pela pasta. O Brasil vacinou menos de 15 milhões de pessoas até agora.
A Piauí procurou a Pfizer, que negou ter vendido seu imunizante no Brasil “fora do âmbito do programa nacional de imunização” e disse que o imunizante “não está disponível no território brasileiro”.
O Ministério da Saúde enviou uma nota na qual diz que “as doses contratadas pela pasta da Pfizer/BionTech ainda não chegaram ao Brasil”.
A previsão do laboratório é entregar a primeira remessa a partir de abril, chegando a até 100 milhões de doses até o final de 2021.