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Chegada no porto de Santos pode ter mais segurança com sistema. Foto: flickr.com/photos/pacgov
A partir de agora, manobras de atracação arriscadas podem ser simuladas antes da execução nos portos brasileiros.
O laboratório da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Tanque de Provas Numérico (TPN), criou o Simulador Marítimo Hidroviário (SMH), um sistema que reproduz no computador condições do mar e de embarcações.
O objetivo é atender a demandas da Petrobras, que ajudou a financiar o projeto. Os valores de investimento não foram divulgados.
O equipamento foi desenvolvido por uma equipe coordenada pelo professor Eduardo Aoun Tannuri. São dois equipamentos, que funcionam em salas diferentes. São 10 telas em um espaço e uma tela com seis metros de largura por dois de altura em um outro local.
Na segunda sala, há uma réplica de uma cabine de comando, como manche e outros equipamento, que se movimenta, simulando o balanço de um navio.
Por meio de modelos matemáticos, o SMH simula ventos, ondas, correntezas e marés. Também é possível simular condições de visibilidade, como neblina, noite, chuva e sol contra o operador, por exemplo.
O simulador reproduz ainda o comportamento de vários equipamentos, como rebocadores, leme, motores de propulsão, bússola, GPS, entre outros.
Conforme o coordenador, o sistema começou a ser desenvolvido há dois anos e já está sendo utilizado para prever manobras reais nos portos.
“No porto de Tubarão, por exemplo, simulamos a atracação do maior navio do mundo, o Vale Brasil, antes que ela ocorresse de fato”, conta. Para ele, a utilização é importante para que o comandante saiba como o navio vai se comportar durante a atracação real.
Também foram simuladas novas manobras no porto de Suape (PE), Pecém (CE), e Itaqui (MA), Rio Grande (RS) e terminais do porto do Rio de Janeiro (RJ), a fim de obter maior aproveitamento deles.