(1)(2).jpg?w=730)
Robô Laura monitora e analisa dados dos pacientes a cada 3,8 segundos. Foto: divulgação.
A Unimed Grande Florianópolis adotou em seu hospital o uso da solução da startup Laura, um robô gerenciador de riscos.
Com a solução, que mapeia atualmente pacientes internados em 75 leitos, a instituição deve agilizar a identificação de sepse, mais conhecida como infecção generalizada.
“Estamos orgulhosos por trazer a Santa Catarina essa tecnologia que cumpre um importante papel preventivo na saúde”, comenta Richard Oliveira, CEO da Unimed Grande Florianópolis.
Segundo a empresa, o robô Laura monitora e analisa a cada 3,8 segundos dados como idade, sexo, sinais vitais, saturação de oxigênio e glicemia capilar de cada um dos pacientes internados nos leitos monitorados.
Com base nessas informações, são gerados alertas em painéis de gestão que identificam, por ordem de criticidade, os pacientes com deterioração clínica.
Desta forma, os médicos estabelecem o diagnóstico mais precoce de sepse e iniciam o tratamento imediatamente, apoiados no histórico clínico do paciente e de seus exames complementares.
Uma vez implementado, o sistema conversa diretamente com a área operacional e gerencia riscos, aprendendo de acordo com novas informações e se adaptando às condições atuais do paciente.
Além disso, o robô integra-se com resultados de exames laboratoriais e com os horários das prescrições médicas do paciente, permitindo identificar em tempo real agravos em sua saúde.
A startup Laura nasceu em 2010 após o arquiteto de sistemas Jac Fressatto perder a filha Laura pela doença.
No mercado desde 2016, a plataforma já teve aproximadamente 2,5 milhões de pacientes conectados e reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar, salvando uma estimativa de 12 vidas por dia.
Fundada em 1971, a Unimed Grande Florianópolis abrange 17 municípios da região e representa 62% do market share.
Seu hospital próprio na capital catarinense conta com 90 leitos de internação, 20 de UTI adulto, nove de UTI pediátrica, seis salas cirúrgicas e um centro de diagnóstico por imagem.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse é a causa de morte de mais de seis milhões de pacientes por ano no mundo, atingindo entre 15 e 17 milhões de pessoas.
No Brasil, são 600 mil afetados anualmente e a taxa de mortalidade alcança 65%, enquanto a média mundial é de 30% a 40%.