
Operadoras catarinenses querem entrar em telefonia móvel. Foto: Pexels.
Unifique e MHNET, dois provedores de o a Internet catarinenses, uniram forças para lançar uma operadora de rede móvel virtual, um tipo de negócio conhecido no mercado pela sigla em inglês MVNO.
Ambas empresas vão comprar conectividade da Vivo e vender no varejo, com a meta de alcançar 200 mil clientes para o Fique Móvel até o fim de 2021.
A cifra deve incluir tanto a base atual das empresas, que a a poder comprar pacotes com mobilidade incluída, assim como novos clientes.
Ambas companhias tem uma base respeitável. A Unique tem 220 mil clientes, espalhados por 126 cidades catarinenses e mais três no Paraná. A meta é chegar a 1 milhão de residências até 2025.
Já a MHNET Telecom tem 150 mil clientes e está presente nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, atuando em 82 cidades no varejo.
No atacado chega a mais de 300 municípios, conectando mais de 100 ISPs.
“Somando as bases de clientes da Unifique e da MHNET Telecom, formamos o segundo maior provedor de internet em fibra óptica no país. Isso demonstra a consolidação do trabalho e a importância das empresas para a nossa região. A partir dessa parceria forte, vamos conseguir levar uma telefonia móvel de qualidade para a população da região sul”, afirma Pedro Henrique Eich, gerente de marketing da MHNET Telecom.
Mesmo com a criação do novo serviço de telefonia móvel em conjunto, as empresas mantêm seus portfólios de internet, TV por e telefonia fixa separadas.
MERCADO NÃO É FÁCIL
As primeiras MVNOs começaram a surgir no mercado brasileiro ao redor de 2011, quando a seguradora Porto Seguro criou a sua em parceria com a TIM.
A fórmula das diferentes iniciatiavs é parecida. Usar a penetração em determinado segmento como porta de entrada para revender conectividade das grandes operadoras em planos segmentados.
Não é tão fácil como parece. A iniciativa da Porto Seguro, por exemplo, encerrou suas atividades em 2018.
A Veek, MVNO focada no público jovem fundada em 2016 por Alberto Blanco, primeiro diretor de marketing da Oi, fechou as portas em 2019.
Ainda neste ano, Mais AD, operadora virtual móvel ligada à Assembleia de Deus lançada em 2015 com a meta de ser “a maior operadora móvel virtual do mundo", também fechou as portas.