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Uber ainda mais no vermelho. Foto: Shutterstock.
O Uber, em seus esforços e investimentos para ocupar o mercado global de transporte, fechou 2015 com um prejuízo que pode chegar a US$ 2,5 bilhões.
Segundo o site norte-americano The Information, que teve os a documentos financeiros internos do Uber, a empresa fechou os primeiros seis meses de 2015 com cerca de 50% a mais de perdas que o mesmo período em 2014, em um total de US$ 987 milhões nos primeiros seis meses.
Só para ter uma comparação, em 2014 a companhia teve um prejuízo de US$ 671,4 milhões. Segundo analistas, se a curva de crescimento do prejuízo do Uber se manteve no segundo semestre, a companhia pode ter ado dos US$ 2,5 bilhões em perdas.
Por outro lado, a receita da companhia também saltou, indo de US$ 495,3 milhões em 2014, valor referente a 16,9% de US$ 2,9 bilhões em valores totais movimentados em corridas, para cerca de US$ 658,8 milhões, referente a 18,3% de US$ 3,6 bilhões movimentados nos primeiros seis meses de 2015.
A subida destes números é reflexo do alto investimento feita pela startup em chegar a mercados como China e Índia, assim como América Latina, com novas cidades no Brasil - Porto Alegre e Recife são exemplos - e outros países da região.
A companhia está contando com mercados onde já está há mais tempo para trazer lucros imediatos. Segundo fontes ligadas ao Uber, estes países podem trazer lucros de até US$ 14 bilhões nos próximos quatro anos.
Projeções de analistas apontam que o Uber pode chegar a um lucro de US$ 8,2 bilhões em 2019, baseado em uma receita de US$ 22,7 bilhões.
Entre os países que podem ficar com as contas no azul e trazer estes lucros estão Estados Unidos, Austrália, Israel, Reino Unido e diversos países na Europa.
Enquanto as contas não viram ainda, a empresa não está em perigo de esgotar suas reservas financeiras, avaliadas em cerca de US$ 4,15 bilhões e provenientes de mais de US$ 5 bilhões aportados por fundos de investimentos na empresa durante 2015.