
Os tratores da marca nos dois países poderão ser equipados com o terminal Starlink. Foto: Divulgação/John Deere
A John Deere, uma das maiores fabricantes de equipamentos agrícolas do mundo, fechou um acordo com a SpaceX, empresa de exploração espacial de Elon Musk, para levar internet via satélite para as áreas rurais do Brasil e dos Estados Unidos.
Segundo a Bloomberg Línea, os tratores da marca nos dois países poderão ser equipados com o terminal Starlink, que deve ser conectado ao centro de operações da John Deere a partir do segundo semestre deste ano.
“Estamos levando o serviço de comunicação via satélite à fazenda em escala, para que os agricultores com desafios de cobertura celular possam maximizar o valor da conectividade em suas operações”, destacou Jahmy Hindman, diretor de tecnologia da Deere, em um comunicado.
Em novembro do ano ado, a Starlink já havia anunciado que estava buscando parceiros focados no agronegócio brasileiro para ter uma conexão mais direta com produtores rurais.
Conforme Vicente Barsted, gerente sênior de vendas da Starlink no Brasil, a empresa tem buscado outros modelos de parceria além da que já possui com a Vivo, por exemplo, que faz parte de um acordo global com o grupo Telefônica, dono da operadora.
A Starlink atua no país desde 2022, sem equipe própria, e já conta com mais de 100 mil clientes locais, entre pessoas jurídicas e físicas, por meio da parceria de vendas de kits de antenas.
Como a sua rede capta o sinal a partir de satélites de baixa órbita, ela não depende de infraestrutura de cabeamento para assegurar um bom sinal de conexão à Internet.
Dessa forma, consegue cobrir áreas onde a conexão de fibra óptica ou redes 3G e 4G não chegam — como é o caso de lugares nos quais o agronegócio atua.
Fundada em 2002, a Starlink possui cerca de 4,7 mil satélites ativos e cerca de 2 milhões de usuários no mundo. A receita da empresa em 2022 foi de US$ 1,4 bilhão, um aumento de 630% em relação aos US$ 222 milhões de 2021.
Já a John Deere foi fundada em 1837 e está presente no Brasil há mais de 30 anos. A companhia tem fábricas em Montenegro e Horizontina, no Rio Grande do Sul, e Catalão, em Goiás, atuando nos segmentos agrícola, de construção e no mercado florestal.
Atualmente, a empresa responde por 40% da produção de colheitadeiras do país.