
Nir Erez, CEO da Moovit. Foto: divulgação.
O Moovit quer ser a solução de muitas dores de cabeça em relação ao transporte público. Através do uso colaborativo, o app confia na sua popularização e no compartilhamento de informações para facilitar a vida dos ageiros.
Lançado no início do ano, o serviço gratuito já acumula cerca de 100 mil usuários - de ônibus e metrô - em suas cidades de atuação, São Paulo e Rio de Janeiro.
Criado em Israel em 2011, o app já está em operação em diversas cidades do mundo como Roma, Madri, Holanda, Nova Iorque, São Francisco, Chicago, Boston e outras cidades norte-americanas.
A empresa investiu mais de US$ 4 milhões no projeto mundialmente e já conta com 600 mil usuários globais, segundo números divulgados em março.
No Brasil, a primeira escolhida foi São Paulo, cuja operação iniciou em janeiro. Em março foi a vez da capital carioca.
Pelo app é possível escolher as melhores alternativas de transporte, visualizar horários atualizados das linhas, ser informado em tempo real de problemas em ruas e rotas, ou até mesmo saber se um ônibus está lotado.
Ligado à internet, o Moovit se conecta ao GPS do aparelho, recebendo os feeds em tempo real. No entanto, em casos em que não há conexão, o programa mantém ativos os dados da última atualização, ainda dando informações sobre rotas e linhas.
Também é possível informar se determinado ônibus possui ar condicionado ou o para pessoas com necessidades especiais. As informações e atualização são compartilhadas pelos próprios usuários.
A tecnologia usada pelo aplicativo permite que os usuários fiquem sabendo exatamente quanto tempo as diferentes opções de transporte demorarão a chegar, dando a chance de ir para o ponto de ônibus no horário certo.
Os ageiros também podem usar o aplicativo para planejar sua viagem, combinando ônibus, metrô e trem e navegar para seus destinos, seguindo as dicas dadas pelo app.
Clicando no botão "começar viagem", o usuário pode acompanhar o trajeto pelo seu dispostivo móvel, observando seu deslocamento no mapa, com instruções e atualizações do que está à frente, como alternativas no caso de atrasos e alertas como "descer na próxima estação", por exemplo.
De acordo com Nir Erez, CEO da empresa, por ser um aplicativo baseado no crowdsourcing - ou seja, na alimentação pela comunidade - quanto mais pessoas usarem, mais ele informará os melhores caminhos para ir de um ponto a outro da cidade.
"Isso é possível uma vez que, mantendo o aplicativo conectado, o Moovit fornece o local exato da condução permitindo que as pessoas possam escolher seu melhor roteiro, saber os horários e outras informações”, explica Nir.
No caso de São Paulo, para quem usa transporte público, este tipo de informação pode ser valiosa. De acordo com o IBGE, 13% da população do Sudeste leva mais de duas horas para ir de casa para o trabalho, e vice-versa, e 19% informam que gastam mais de quatro horas por dia por conta do trânsito.
A presença do Moovit no Brasil também tem a ver com os eventos de grande porte que o país receberá.
"O app é extremamente útil para o dia a dia e deverá ser ainda mais em épocas de grandes eventos como a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas", completa Erez.