
Em 2019 haverá 5,2 bilhões de usuários com dispositivos móveis. Foto: Maxx-Studio/Shutterstock.com
A nova edição do Cisco Visual Networking Index (VNI), com as previsões sobre o tráfego global de dados móveis entre 2014 e 2019, mostra que a adoção contínua de dispositivos móveis mais potentes e conexões máquina a máquina, combinadas a um o mais amplo a redes celulares mais rápidas serão as principais responsáveis pelo aumento significativo no volume de tráfego móvel.
Em 2014, 88% do tráfego global de dados móveis foi de tráfego "inteligente", com capacidades de computação/multimídia avançadas e velocidade mínima de conectividade 3G, mas esse número deverá subir para 97%, em 2019.
Da perspectiva de rede móvel, a conexão 3G deve superar a 2G como a maior tecnologia celular, com base na quota de conexão, em 2017. Em 2019, as redes 3G vão ar 44% dos dispositivos móveis e das conexões globais; as redes 4G deverão ar 26% das conexões, mas devem gerar 68% do tráfego.
Em termos de crescimento sólido de tráfego, o Cisco VNI prevê que o tráfego global de dados móveis irá atingir um volume anual de 292 exabytes em 2019 (acima dos 30 exabytes registrados em 2014). Um exabyte é uma unidade de informação ou de armazenamento de dados em computador igual a um quintilhão de bytes ou um bilhão de gigabytes.
Em 2019 haverá 5,2 bilhões de usuários com dispositivos móveis (superando os 4,3 bilhões em 2014).
Também haverá cerca de 11,5 bilhões de dispositivos/conexões móveis, incluindo 8,3 bilhões de dispositivos móveis pessoais e 3,2 bilhões de conexões M2M (superando os 7,4 bilhões totais de dispositivos móveis e conexões M2M em 2014).
A velocidade média de rede móvel global será 2,4 vezes maior, aumentando de 1,7 Mbps em 2014 para 4,0 Mbps em 2019.
No mesmo ano, o vídeo móvel representará 72% do tráfego global de dados móveis (superando os 55% registrados em 2014).
O número de dispositivos portáteis no mundo deverá aumentar cinco vezes, chegando a 578 milhões em 2019, contra 109 milhões em 2014, com a maioria dos dispositivos presentes na América do Norte e da região Ásia-Pacífico.
A expectativa é de que isso gere um aumento 18 vezes maior no tráfego móvel de dispositivos portáteis de 2014 a 2019, sendo a maior parte do tráfego proveniente de smartphones.
Aplicações e serviços na nuvem, como Netflix, YouTube, Pandora e Spotify, irão permitir que os usuários móveis superem as limitações de capacidade de memória e de potência de processamento dos dispositivos móveis.
O tráfego móvel na nuvem irá aumentar cerca de 11 vezes de 2014 (2 exabytes/mês) para 2019 (21,8 exabytes/mês).
Em 2014, as aplicações em nuvem foram responsáveis por 81% do total do tráfego de dados móveis; em 2019, serão responsáveis por 90%.
No Brasil, o tráfego de dados móveis vai aumentar nove vezes de 2014 a 2019, com uma taxa de crescimento anual composta de 56%.
O tráfego de dados móveis vai crescer três vezes mais rápido que o tráfego IP fixo de 2014 a 2019 no país, sendo responsável por 14% de todo tráfego de dados fixo e móvel brasileiro, em 2019, superior aos 3% de 2014.
Haverá 174,9 milhões de usuários móveis no Brasil em 2019 (83% da população brasileira). Em 2019 eram 152, 8 milhões de usuários.
O tráfego móvel de consumo aumentará 9,4 vezes entre 2014 e 2019, com uma taxa annual de crescimento de 56%. Consumo será responsável por 90% do tráfego móvel, enquanto negócios responderão por 10% em 2019.
O vídeo representará 73% do tráfego móvel no país em 2019, comparado a 53% no final de 2014.