Tornozeleiras eletrônicas vão monitorar presos 4a3gc

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul vai dar início na terça-feira, 22, a uma experiência inédita no Brasil: o monitoramento de presos por tornozeleiras eletrônicas. 4e4av

18 de junho de 2010 - 14:58

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul vai dar início na terça-feira, 22, a uma experiência inédita no Brasil: o monitoramento de presos por tornozeleiras eletrônicas.

Quinze apenados do regime aberto serão acompanhados durante 30 dias. A cada minuto, o aparelho emitirá um sinal que possibilitará a localização dos presos. Eles cumprem a condenação nos institutos penais de Viamão e Irmão Miguel Dario, em Porto Alegre, e não são considerados violentos.

O aparelho funciona com sinal GSM (igual à usada em celulares e de radiofrequência) e sua bateria dura entre 24 e 48 horas. Quando faltarem sete horas para terminar a carga, o equipamento emitirá um sinal.

O tempo médio de recarga é de uma hora. A tornozeleira foi produzida por uma empresa brasileira com tecnologia americana, e em outros estados só foi testada em servidores do setor de segurança.

Cada agente da Susepe poderá monitorar entre 250 e 300 presos, sendo que o itinerário diário do apenado será delimitado pela Susepe. Se houver um afastamento da área estabelecida, um alerta on line será emitido, e o preso a a ser considerado um foragido. Imediatamente a Brigada Militar será avisada e começará as buscas. O Sistema de Monitoramento Eletrônico prevê também uma interligação com a Polícia Civil.

Os agentes da Susepe estão participando de um curso com o equipamento e o software. Atualmente, os presos do regime aberto trabalham durante o dia e voltam à noite aos albergues.

Após a experiência, o estado deverá publicar edital de licitação. Isso deve ocorrer em cerca de 30 dias. Apenas este ano, mil aparelhos deverão entrar em funcionamento no Rio Grande do Sul. Outras mil tornozeleiras serão colocadas anualmente até 2014. No total, serão implementados 5 mil equipamentos.

De acordo com o superintendente da Susepe, Mario Santa Maria Júnior, no primeiro momento, os alvos serão presos de pequena periculosidade. As gestantes e lactantes poderão cumprir sua pena no convívio familiar, com fiscalização à distância. Já os estupradores, por exemplo, não poderão ar em frente de escolas ou locais com muita movimentação.