
Inovação: não tão fácil assim. Foto: Chones / Shutterstock
A maioria (49%) dos decisores de TI de empresas brasileiras se considera "early adopter", ou seja, pioneiro na implementação de novas tecnologias.
É a conclusão surpreendente de uma pesquisa da Dell sobre o assunto, que ouviu 800 profissionais responsáveis pela Tecnologia da Informação de empresas de pequeno, médio e grande portes, de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Brasil, Índia, China e Rússia.
O Brasil está acima da média mundial de autodeclarados early adopters, que fica em 42%.
De acordo com o estudo, outros 41% dos entrevistados no Brasil se classificam na média, ou seja, tendem a adotar novas tecnologias junto com a maioria das empresas e só 8% item que incorporam tendências em TI no momento em que as mesmas já estão consolidadas no mercado.
As respostas provavelmente tem mais a ver com a autoimagem dos gestores de TI do que com as suas políticas de aquisição de tecnologia na prática.
De acordo com o clássico estudo A Difusão da Inovação, que cunhou termos como “early adopter”, a distribuição do timming de adoção de novas tecnologias se dá em uma distribuição normal – o famoso gráfico do sino.
Assim, 2,5% dos adotantes de uma tecnologia podem ser considerados inovadores. Os early adopters somam apenas 13,5%. A maioria fica distribuída em um terreno intermediário, com 68% e o restante fica no time dos retardatários, com 16%.
FUTURO
O estudo mostra que, quando questionados sobre quais as principais tendências tecnológicas para as empresas, a maior parcela dos brasileiros, 67%, citou a mobilidade, em seguida aparecem virtualização (66%), cloud computing (63), Big Data (52%) e ambientes definidos por software (50%).
Já sobre quais as tecnologias que as corporações brasileiras ainda não utilizam, mas que pretendem investir no próximo ano, 39% citaram cloud computing, 30% Big Data, 29% virtualização, 27% mobilidade, 30% ambientes definidos por software e 16% citaram outras.
Quanto às prioridades das corporações em relação à TI, 71% dos entrevistados no Brasil citaram a otimização das aplicações e, ou, da performance para atender aos objetivos de negócio.
Na sequência, com 18% das citações, aparece a necessidade de estar na vanguarda da indústria e 11% consideraram a pressão para reduzir as despesas gerais.