SUPERFATURAMENTO

TI, o calcanhar de Aquiles de Campos? 241451


22 de julho de 2013 - 10:17
Eduardo Campos pode estar em apuros. Foto: Governo Pernambuco.

Eduardo Campos pode estar em apuros. Foto: Governo Pernambuco.

TI pode acabar sendo o calcanhar de Aquiles do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à presidência em 2014.

A Folha de São Paulo revelou neste domingo, 21, que a Polícia Federal pediu abertura de investigação sobre contratos de  R$ 77,5 milhões da integradora de tecnologia Ideia Digital com o governo do estado para informatizar escolas.

O projeto de informatização de escolas tem indícios de superfaturamento, diz a PF.

Não é a primeira vez que o nome da Ideia Digital, uma companhia sediada em Salvador com forte presença no setor público nordestino, aparece ligada a denúncias.

Segundo também publicou a Folha, outra investigação da PF aponta que verbas de convênio do Ministério da Ciência e Tecnologia com a Prefeitura de João Pessoa foram desviadas para financiar campanha do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), em 2010.

O dinheiro teria sido desviado em contrato com a Ideia Digital, vencedora de licitação para implantar um projeto de internet grátis em João Pessoa. Na época, Coutinho era prefeito de João Pessoa e o MCT era comandado por Eduardo Campos.

Caso evoluam, as denúncias podem significar o final do projeto de candidatura de Campos, que tem seu forte justamente no discurso de eficiência da máquina pública e nas melhorias feitas na educação pernambucana.

Sem ser anunciada oficialmente, embora Campos há meses fale como candidato, a candidatura não tem empolgado nas pesquisas.

Na última pesquisa divulgada pelo O Estado de S. Paulo, Campos subiu apenas dois pontos percentuais em relação aos números de março, chegando a 5%.

O resultado é especialmente ruim porque se deu em meio à debacle da presidente Dilma Rousseff, que perdeu 28 pontos, atingindo 30%. A candidata alternativa mais beneficiada foi Marina Silva (sem partido), que ganhou 10 pontos, chegando a 22%.

Aécio Neves (PSDB), o único postulante que não integra ou integrou a base de apoio dos governos petistas, ganhou quatro pontos, chegando a 13%.

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