
Guilherme Bernard, presidente da Acate.
O setor de tecnologia de Santa Catarina cresceu 15% em 2015, segundo estimativa da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate).
É um bom número. A estimativa do IDC para o mercado brasileiro como um todo era alta de 7,3%, totalizando US$ 64,3 bilhões
Os números ficam melhores ainda se comparados ao desempenho como um todo em 2015. Os números oficiais ainda não saíram, mas as previsões (atualizadas constantemente para baixo) falam em queda de 3,70%.
De novo, nessa ocasião Santa Catarina como um todo está acima da média. Em agosto, a Secretaria da Fazenda do estado previa crescimento de 1,5% na economia em 2015.
A participação catarinense no PIB brasileiro é próxima de 6%, mesmo com 3,3% da população brasileira e 1,12% do território.
Na visão da Acate, o resultado positivo em 2015 foi puxado pelo alto crescimento de setores de TI, como softwares para serviço (SaaS), computação em nuvem, marketing digital big data, fintech (tecnologia para finanças) e inovações nas áreas de saúde e agronegócios.
“Várias empresas ligadas a esses segmentos registraram um grande avanço neste ano, mais em função da inovação gerada do que pelas condições macroeconômicas do país”, reflete Guilherme Bernard, presidente da Acate.
As condições são favoráveis para o empreendedorismo na área tecnológica.
Florianópolis ficou em segundo lugar como o município mais empreendedor do país (atrás apenas de São Paulo) em pesquisa feita pela Endeavor, devido a quesitos como inovação e capital humano.
O mesmo levantamento colocou ville em nono lugar (à frente de capitais como Rio de Janeiro) e Blumenau na vigésima colocação.
Na capital catarinense, a entidade inaugurou neste ano o Centro de Inovação Acate Primavera: o espaço concentra dezenas de empresas de tecnologia e serviços e, em menos de 10 meses, recebeu mais de 3,5 mil pessoas e 216 empresas associadas em 32 eventos ligados a TI e inovação.
Alguns destes eventos ajudaram a consolidar programas de internacionalização a mercados como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio e a “treinar” startups que participaram de feiras de negócios e rodadas de investimentos no Vale do Silício.