
Vamos faturar. Foto: divulgação.
Um estudo divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que o setor de TI vai registrar receita de US$ 132 bilhões este ano no Brasil.
A estimativa representa um crescimento de 7,3% em relação a 2012, quando o setor contabilizou US$ 123 milhões. Vale destacar que, dentro deste valor, US$ 54 bilhões não foram provenientes de vendas, mas sim da valorização das companhias com desenvolvimento e inovação.
Conforme aponta o Valor, a Brasscom estima que as vendas de equipamentos podem chegar a US$ 35,3 bilhões. As de software ficarão em torno de US$ 9,5 bilhões e as de serviços, US$ 21,2 bilhões (incluindo o segmento de outsourcing).
De acordo com Antonio Gil, presidente da Brasscom, o setor de TI responde por aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto brasileiro, uma média ainda abaixo do padrão em economias mais desenvolvidas, onde este setor movimenta algo em torno de 8% do PIB.
"Uma participação de 8% no PIB é quanto deveria ser. Por isso, a meta para o setor é se desenvolver para alcançar essa marca até 2022", afirmou, ressaltando segmentos como setor público, educação e saúde privadas como mercados alvo.
Traduzindo este crescimento no PIB para o setor, a expansão em receita poderá ficar em torno de 54%, em dez anos.
Equipamentos de TI para o varejo poderão ter um desempenho melhor, com crescimento de pelo menos 10% nas vendas este ano, segundo cálculo de Cleber Morais, presidente da Bematech.
"O varejo apresenta uma demanda mais forte por software e serviços de TI este ano", disse Morais. Ele afirmou que as empresas também elevaram as encomendas de serviços de gestão de grandes volumes de dados ("Big Data") e softwares que facilitam o relacionamento entre a empresa e seus públicos.
Na parte de software, como destaca Gerson Schmitt, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o mercado cresceu 26,7% no ano ado, para US$ 24,43 bilhões. A expectativa de crescimento para este ano é de 20%.
"Esse é um mercado que não para de crescer, mas temos capacidade de produzir melhor, mudando o modelo de negócios", disse, criticando a decisão do governo em apoiar o software livre, que atrasou o crescimento do desenvolvimento de softwares nacionais.
"Perdemos dez anos discutindo software livre, enquanto o resto do mundo investiu em redes, nuvem e em outras tecnologias que dominam o mercado", disse.