
Os funcionários da Procergs decidiram encerrar a greve na estatal gaúcha de processamento de dados nesta sexta-feira, 02.
Apesar do final da paralisação, a proposta da diretoria da empresa foi rechaçada, e os funcionários vão encaminhar o ajuizamento de dissídio coletivo na Justiça.
A greve, a primeira do governo Tarso Genro (PT) já durava 10 dias.
O Sindppd-RS pede além das perdas com a inflação (INPC), aumento real de 5% nos salários e nos benefícios.
Em audiência de mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) nesta quinta-feira, 31, a direção da companhia manteve sua proposta original de reajuste dos salários pelo INPC e um ofereceu um aumento de 41% sobre o vale rancho.
Em audiência na terça-feira, 29, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs um acordo em torno do INPC mais 2,5%, dos quais 1% de ganho real e 1,5% sobre o redutor de férias.
Não está clara a extensão da paralisação na Procergs. O sindicato manteve que 80% dos funcionários pararam, enquanto a direção afirmava que a cifra ficava em 20%. Os serviços da estatal não foram comprometidos.
Em seus comunicados, o Sindppd-RS sustenta que os salários iniciais da Procergs na área de desenvolvimento de sistemas chegam a ser quase 50% menores do que os de outras empresas públicas de TI, sem revelar valores.