
Executivos da RBS e diretores da PUC am convênio para unidade no Tecnopuc
O Grupo RBS assinou nessa quarta-feira, 27, um convênio com o Tecnopuc para transferência de sua unidade de desenvolvimento de produtos digitais para o parque da PUC em Porto Alegre.
O fato abre a porta para um novo núcleo no centro: conteúdos digitais, abrindo novas oportunidades para empresas e profissionais de internet e mobilidade.
Com o início da operação, em 90 dias, o Tecnopuc espera ter uma “empresa âncora” para fomentar um novo ecossistema – como foram Dell e HP, hoje empregadoras de milhares de funcionários no parque.
“Acreditamos que ela será um atrativo para outras companhias do mesmo porte, ou pequenas”, diz o diretor do parque, Roberto Astor Moschetta.
A RBS ite assumir o papel de atratora de novos parceiros.
“Com certeza estaremos abertos a parcerias com outras empresas”, destaca Marta Gleich, diretora de Internet da RBS.
Num primeiro momento, 83 pessoas, entre desenvolvedores, analistas de negócios, programadores e designers que já trabalham na RBS, arão para o Tecnopuc. Mas a equipe deverá ganhar reforços em breve.
Segundo Marta, a ideia é chegar a mais de 100 funcionários nas novas instalações até outubro.
P&D com PhD
Fundado em 2003, o Tecnopuc abriga 48 empresas, na sua maioria da área de tecnologia da informação, foco do projeto desde o seu início.
Com isso, a maioria das parcerias do Tecnopuc eram firmadas com a faculdade de informática da universidade.
No caso da RBS, é a Famecos, centro de comunicação, quem protagonizará os trabalhos de P&D envolvendo produtos da companhia.
“Vamos usar a expertise da universidade para fazer nossa pesquisa e desenvolvimento”, diz Marta.
Inspiração no MIT
Na prática, doutores e mestres da faculdade, bem como bolsistas de graduação e estagiários, participarão dos projetos.
A proposta de trabalho segue os moldes do MIT (Massachussets Instute of Technology), em Cambridge, Estados Unidos.
O centro universitário norte-americano é conhecido por desenvolver projetos em conjunto com empresas em diversas áreas de atuação.
A própria PUC já trabalhou com a RBS num sistema de notícias por geolocalização desenvolvido em Massachussets e utilizado por profissionais do grupo gaúcho.
“Nossa parceria será estreitada, não só com a PUC, mas também com pesquisadores de outras universidades”, destaca Marta.
Um dos primeiros projetos será na área de rádio, num sistema que promete tornar o modelo mais “interativo”, divulga a empresa, sem dar mais detalhes.
Jeito light de trabalhar
Instalada no prédio novo do Tecnopuc, a RBS ocupará um espaço de 1,1 mil metros quadrados no quinto andar do prédio, conta Moschetta.
A ideia é implementar a mesma política dos vizinhos do 14º, a Thoughtworks, conhecida por escritórios sem divisórias e mesas fixas, onde as pessoas sentam próximas de acordo com o projeto em que desenvolvem. Tudo na filosofia agile.
“Queremos usar métodos ágeis de desenvolvimento em nossas atividades e a Thoughtworks com certeza é uma inspiração”, diz Marta.
Inclusive o projeto da RBS conta com a mesma arquiteta, Raquel Utz. O andar também terá um ambiente de descontração, com mesa de sinuca, pra os funcionários relaxarem. “Queremos facilitar a criação de ideias inovadoras”, comenta a diretora.
Uma fatia crescente nos negócios da RBS será abastecida pelo quinto andar do Tecnopuc.
Das receitas transacionadas pela RBS em 2010, os negócios digitais representaram cerca de 10%. A expectativa de crescimento do faturamento das operações com negócios digitais para 2011é de 70%.