
SumUp quer crescer no Brasil. Foto: divulgação.
O mercado de pagamentos móveis está se agitando no Brasil com a chegada de novos players. Quem se apresenta agora é a alemã SumUp, companhia com presença em onze países europeus e agora mira por aqui para continuar sua expansão.
O serviço oferecido pela empresa não difere muito de iniciativas como o norte-americano Square ou leitores nacionais como os lançados pelo Santander (iZettle) e Buscapé. O comerciante usa um leitor de cartões - chamado de m-PDV - acoplado à saída de fones do smartphone e faz as transações via app, disponível para iOS e Android.
As informações são criptografadas em um servidor seguro e o comprovante de compra é enviado para o e-mail do consumidor.
Segundo Igor Marchesini, diretor da SumUp no Brasil, embora a empresa seja nova no país, ela chega com uma bagagem de respeito no continente europeu.
"Temos fortes operações na Alemanha e Rússia, assim como no Reino Unido, Portugal e Itália. Para completar temos como investidores empresas como American Express, BBVA e Groupon", frisa.
Em um primeiro momento, a empresa fornecerá apenas o seu modelo simples de leitor, que usa as informações do cartão como uma compra de internet, com apenas uma autenticação de dados via web.
No entanto, o plano para 2014 é ar a usar um outro tipo de leitor, dedicado aos cartões com chip, que realizam 63 trocas de informações em segundos, dando maior segurança na homologação dos dados de compra.
"Desenvolvemos internamente um equipamento que permite este uso, o que será um diferencial em relação a outros leitores de cartão para dispositivos móveis", frisa Marchesini.
Na parte do sistema, o diretor explica que boa parte da infraestrutura técnica no serviço ainda está no exterior, com 90% de seus servidores no Reino Unido e Ásia. No entanto, uma parte da operação é local, com cerca de vinte funcionários na parte istrativa, além de e e atendimento a clientes.
Lançado na primeira semana de novembro, o SumUp é destinado principalmente a comerciantes autônomos e prestadores de serviços sazonais. Não é cobrada taxa de aluguel do equipamento, como é feito nos PDVs tradicionais para cartão.
Para aderir ao serviço, o comerciante precisa pagar uma taxa de R$ 79, referente à aquisição do leitor. Depois disso, o faturamento da SumUp vem de taxas sobre as transações efetuadas, que vão de 3,7% a 8,7%, dependendo do prazo ou parcelamento realizados.
Conforme explica Marchesini, a escolha por fixar um preço para a aquisição do equipamento, enquanto outros concorrentes como iZettle chegaram a dar gratuitamente o leitor, tem suas razões.
"Isso qualifica o cliente, que realmente está interessado nas vantagens destas aplicações. Não queremos pessoas que apenas 'querem ver como é'. Queremos pessoas que acreditam nesta forma de pagamento", explica, frisando que o sistema aceita todas as principais bandeiras do mercado nacional, como Visa, Mastercard, Amex e Elo.
De acordo com o diretor nacional da empresa, a chegada é estratégica para divulgar o serviço durante o pico de vendas no final do ano. Embora a divulgação tenha ficado apenas na internet, ele afirma que os objetivos iniciais da empresa já foram atingidos.
"Tínhamos uma meta de alguns milhares de filiados e já batemos essa marca. Agora o plano é consolidar a ferramenta e o serviço, conquistando mais usuários com isso", afirma.