
Sessão solene no STF. Foto: Marcos Corrêa/PR.
O Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do Poder Judiciário, retirou seu site do ar após ter identificado um o “fora do padrão” na última quinta-feira, 6, e está investigando um possível ataque hacker.
Em nota, a instituição informou que o o foi contido enquanto ainda estava em andamento e somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram ados, sem comprometimento de informações sigilosas.
Todos os sistemas que garantem a atuação jurisdicional do STF, como peticionamento eletrônico, estariam funcionando adequadamente, sem a necessidade de desligamento.
Autoridades competentes, como a Polícia Federal, estão apurando o caso e a equipe técnica está trabalhando na análise do problema. A previsão de retomada gradual dos serviços é para esta sexta-feira, 7.
O STF explicou que, recentemente, houve um aumento expressivo na quantidade de os no portal por meio de robôs adotados por empresas, entidades e outros profissionais ligados ao direito que capturam dados públicos, como andamento processual e jurisprudência, para uso lícito.
Nos casos em que os sistemas não identificam de imediato se os os vêm de um “robô do bem” ou de um hacker com intenções ilícitas, medidas são adotadas para reforço da segurança de suas portas de entradas.
“No episódio desta quinta, segundo as informações já depuradas, o o não teve intuito de ‘sequestro’ de ambiente, mas apenas de obtenção de dados", afirma a nota.
A Justiça brasileira tem sido visada pelos hackers nos últimos tempos.
Na semana ada, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) foi vítima de um sequestro de dados que deixa parte dos sistemas indisponíveis até hoje. Os prazos processuais do órgão continuam suspensos para processos físicos, eletrônicos e istrativos.
Esse foi o segundo ataque ao TJ-RS em poucos meses. Em novembro, o hotsite informativo do Eproc do TJ-RS foi adulterado por hackers, sem danos aos sistemas. Um hacker postou uma foto fazendo um gesto obsceno no site, que esteve fora do ar por cerca de uma hora.
Também em novembro, hackers atacaram e cripografaram mais de 1,2 mil máquinas virtuais do Superior Tribunal de Justiça (STJ), outro tribunal superior, além de destruir seus backups, com um ransomware chamado RansomEXX.
A correção do problema no STJ durou mais de uma semana, envolvendo equipes do STJ, Microsoft, Atos e Serpro.