
O presidente-executivo da Apple, Steve Jobs, está tirando uma nova licença médica de dois anos, após um intervalo de seis meses para ar por um transplante de fígado.
A notícia, divulgada nesta segunda-feira, 17, provocou queda dos papéis da empresa em várias bolsas, exceto a americana, onde os pregões estão fechados devido a um feriado nacional.
Em Frankfurt, uma das maiores bolsas do mundo, o recuo foi de 7%.
Jobs – que sobreviveu a um câncer no pâncreas – informou em nota que o vice-presidente operacional, Tom Cook, vai tomar conta das operações diárias da Apple, enquanto ele continuará no posto de presidente-executivo e estará envolvido nas grandes decisões estratégicas.
“A meu pedido, a diretoria garantiu uma licença médica para que eu possa me concentrar em minha saúde”, escreveu Jobs, 55, em e-mail aos funcionários da Apple.
“Eu amo muito a Apple e espero voltar assim que eu puder”, completou.
Como relembra a agência Reuters, a Apple é fortemente associada à identidade e ao carisma de Jobs, cofundador da empresa e que revitalizou a companhia a partir de 1996 após 12 anos de ausência.
Analistas disseram que o efeito nas operações da Apple deve ser limitado no curto prazo, já que a linha de produtos da empresa é forte, mas que a ausência de Jobs pode se tornar uma preocupação caso seja longa.
A Apple divulgará seu resultado trimestral na terça-feira e a expectativa é de que a receita cresça 50% graças às vendas do tablet iPad, bem como ao bom desempenho do iPhone e do iPod.