Stefanini será fábrica de software da Procergs 2fg2y

A Stefanini venceu a licitação da fábrica de software da Procergs. O resultado do edital foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 02.

De acordo com documentos disponíveis no site da estatal de processamento de dados gaúcha, a companhia teve nota 96,45 na concorrência, que pontuava até 100. Assim, os paulistas ficaram na frente da Politec (92,58), Unitec (89,24), DBA (87,04) e da gaúcha Meta IT (70,09).
03 de abril de 2009 - 16:45
Stefanini será fábrica de software da Procergs
A Stefanini venceu a licitação da fábrica de software da Procergs. O resultado do edital foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 02.

De acordo com documentos disponíveis no site da estatal de processamento de dados gaúcha, a companhia teve nota 96,45 na concorrência, que pontuava até 100. Assim, os paulistas ficaram na frente da Politec (92,58), Unitec (89,24), DBA (87,04) e da gaúcha Meta IT (70,09).

O edital - que demorou dois anos para ser publicado e mais nove meses na disputa entre as empresas, com diversos recursos entre os participantes – prevê o desenvolvimento de 20 mil pontos de função e quatro mil horas de consultoria técnica por um período máximo de cinco anos. Foi exigida experiência de 350 mil horas nas tecnologias .Net, Java, VB6 DNA e Delphi.

A Procergs não revela o valor do contrato até a publicação do mesmo no Diário Oficial, mas o vice presidente Sérgio Dalanhol afirma que a oferta da Stefanini foi “muito agressiva”, resultando numa redução média de 30% no valor total esperado. Nos requisitos técnicos, a disputa teria sido mais “parelha”.

A previsão da estatal era pagar R$ 800 por ponto de função, totalizando cerca de R$ 16 milhões. O contrato está praticamente ganho pela Stefanini. Ele só será cancelado se a empresa não apresentar algum dos comprovantes exigidos na do contrato nos próximos dias, algo improvável em um edital desse porte.

“Esperamos colocar isso para rodar em junho. Será uma grande mudança para a Procergs”, explica Dalanhol. De acordo com o gestor, a novidade será implantada em algumas frentes e logo expandida dentro da empresa.

A vitória da Stefanini e a má pontuação da Meta IT reavivam as queixas do setor de TI gaúcho sobre o edital. “O modelo privilegia empresas de fora. Dentro da legalidade, a Procergs deveria tentar apoiar o mercado local”, acredita o presidente do Seprorgs, Renato Turk Faria.

Em setembro do ano ado, um grupo de 16 companhias gaúchas esteve reunido com a direção da Procergs na sede do Seprorgs. A demanda era que fosse aberta a possibilidade da participação de companhias em consórcios no edital, seguindo a experiência que já havia sido feita com a Rede Pro.

“A experiência da Rede Pro foi boa, mas não valia para a questão da fábrica de software”, argumenta Dalanhol. Para ele, as companhias gaúchas não teriam condição operacionais de istrar o “fluxo irregular” das demandas da Procergs, que exigiriam muitas contratações nos picos e deixariam mão de obra ociosa nas baixas.

Dalanhol destaca que a Procergs fez alterações na lógica do edital antes mesmo da reunião de setembro, ao aumentar o valor do preço na pontuação dos candidatos de 30 para 40 pontos, diminuindo a relevância de selos como o CMMI 5 ou MPS.BR A, exclusividade das grandes companhias.

Da sua parte, a Stefanini enfatiza que todo o trabalho será executado desde sua operação no Tecnopuc, em Porto Alegre. “Também somos uma empresa gaúcha. O Tiago Machado, responsável pela conta, é de Santa Cruz”, afirma Carla Azevedo, diretora Comercial da Stefanini.

Carla destaca a experiência da Stefanini em projetos de fábrica muito maiores que o da Procergs, como a da Caixa Econômica Federal, que totaliza 300 mil pontos de função. “Os processos e a expertise da operação de Jaguariúna serão reados para cá”, completa a executiva.

Comentário no Quentinhas
A vitória da Stefanini no edital da Procergs foi comentada pelo editor do Baguete, Maurício Renner, em post no blog Quentinhas. Confira a opinião do jornalista pelo link relacionado abaixo.