
Start-Up Brasil abre segundo edital. Foto: divulgação.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) abriu nesta quarta-feira, 28, um novo edital de seleção para o programa Start-Up Brasil, que selecionará mais 100 startups para a iniciativa. E desta vez, a iniciativa traz novidades, abrindo vagas para empresas de hardware.
Com inscrições abertas até o dia 14 de julho pelo site do programa, o edital será dividido em duas etapas. A primeira contempla 50 startups, sendo 75% das vagas destinadas a empresas brasileiras e 25%, a empresas internacionais.
Já na segunda fase, a iniciativa também selecionará 50 startups, nos mesmos moldes, e o cronograma terá início no próximo semestre, em data a ser definida. Empresas que já receberam investimentos de uma das aceleradoras que compõem a iniciativa não estão habilitadas a participar.
Além das empresas de desenvolvimento de sistemas, fabricantes de hardware agora podem aplicar para o programa. O plano do ministério é incentivar as empresas a criarem produtos para o mercado e gadgets e Internet das Coisas (IoT).
"Tenho convicção que o brasileiro poderá entrar na disputa pelos gadgets. Esse é um mercado em crescimento tanto que o Google está indo às compras", destacou o Secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida, no lançamento do edital.
Desta vez, podem se inscrever empresas com até quatro anos de constituição (emissão de CNPJ) – no edital anterior, o prazo era de três anos. Para facilitar a inscrição dos projetos, será fornecido um modelo de proposta que poderá ser preenchido online pelas interessadas.
Segundo o edital, brasileiros residentes fora do país há mais de três anos também podem apresentar seus projetos para avaliação, classificando-os como startup internacional, modalidade que terá direito a até 25% dos projetos selecionados.
“Empresas estrangeiras não têm necessidade de apresentar o CNPJ para participar do programa”, explicou Rafael Moreira, diretor de Software e Serviços de TI do MCTI.
O edital traz modificações que irão ampliar a interação entre startups e aceleradoras. Cada startup deverá indicar seis aceleradoras de interesse, entre 12 opções disponibilizadas, conforme destacou o gerente de operações do Start-Up Brasil, Vitor Andrade.
“Esse processo permitirá ao empreendedor avaliar se a aceleradora interessada em seu projeto tem o perfil desejado para alavancar o negócio", complementou o gerente.
Inserido no programa TI Maior, o Start-Up Brasil já incentivou cerca de 100 empresas, com investimentos de cerca de R$ 40 milhões. No primeiro edital, 650 empreendedores foram avaliados, com 1622 propostas submetidas. Ao final, 88 (78 brasileiras e 10 internacionais) foram apoiadas.