
Mario Pavón Robinson.
A Sonda fechou seu maior negócio no Brasil com aquisição de 100% da CTIS por um valor que pode chegar a R$ 485 milhões, dos quais R$ 85 milhões estão pendentes de resultados entre 2014 e 2018.
A compra não inclui o negócio de varejo da CTIS dedicada a comercialização de produtos tecnológicos através de suas lojas, a maior delas em Brasília, onde a empresa é sediada. Elas se manterão como uma operação separada.
A multinacional chilena está de olho na penetração no setor público da CTIS, cerca de 90% do faturamento. Fundada há 30 anos, a empresa tem sedes em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e uma receita líquida de R$ 837 milhões em 2013.
“Esta aquisição permitirá a Sonda incorporar uma excelente base de clientes com contratos de longo prazo, uma oferta complementar e aumentar a cobertura em localizações como Brasília e o Nordeste do Brasil”, explica o presidente da Sonda, Mario Pavón Robinson.
A operação adquirida permancerá independente por até cinco anos.
Numa tacada só, a Sonda quase dobrou a receita no Brasil, ando de US$ 414 milhões para US$ 775 milhões. O mercado brasileiro ou a ser a maior operação da Sonda, representando 47% dos negócios da companhia, que atua em 10 países da América Latina.
A compra da CTIS faz parte do plano de investimento de US$ 700 milhões da Sonda o período de 2013 a 2015. Desse total, US$ 500 milhões estão destinados a aquisições.
A última compra de porte da Sonda por aqui havia sido a paulista Procwork, especializa em tecnologia fiscal e SAP, em 2007, por R$ 230 milhões. No meio tempo, os chilenos fizeram outras quatro aquisições.
O maior negócio no período foi a aquisição em 2012 da Pars, especializada em software para engenharia, arquitetura, design 2D e 3D e sistemas de informações geográficas, por R$ 94,7 milhões.
Também foi adquirida em 2010 a integradora de soluções de virtualização, cloud computing, armazenamento e segurança paulista Kaizen por R$ 12 milhões.
A Elucid, especializada em TI para companhias de distribuição, transmissão e geração de energia, e a Telsinc, focada em telecom, foram adquiridas em operações que não tiveram valores revelados.