SolidWorks: CAD 3D mais verde w3555

A SolidWorks lançou no mercado brasileiro nesta quarta-feira, 07, a versão 10 do seu software de CAD 3D, cuja principal novidade é um módulo adicional que permite aos engenheiros dimensionar o impacto ambiental dos produtos ainda na fase de projeto.

“Somos o primeiro provedor de CAD 3D a oferecer uma solução verde. É uma tendência de futuro para este mercado”, comenta Oscar Siqueira, country manager da SolidWorks no país.
07 de outubro de 2009 - 17:56
SolidWorks: CAD 3D mais verde
A SolidWorks lançou no mercado brasileiro nesta quarta-feira, 07, a versão 10 do seu software de CAD 3D, cuja principal novidade é um módulo adicional que permite aos engenheiros dimensionar o impacto ambiental dos produtos ainda na fase de projeto.

“Somos o primeiro provedor de CAD 3D a oferecer uma solução verde. É uma tendência de futuro para este mercado”, comenta Oscar Siqueira, country manager da SolidWorks no país.

Uma versão básica do “módulo verde”, batizada de Sustentability Xpress virá incluído em todas as cópias do SolidWorks 10. 

Uma opção com mais recursos, chamada Sustentability, custará US$ 3 mil por licença. Os custos da versão 10 variam de US$ 5 mil a US$ 10 mil.

“Para empresas exportadoras, boa parte da nossa base de clientes, um produto verde é um diferencial competivivo”, comenta Siqueira, destacando que a novidade é de fácil uso, dispensando consultorias adicionais de implantação.

O viés sustentável do SolidWorks 10 é resultado de uma parceria com a alemã PE International, dona de uma solução que inclui um banco de dados com 100 mil cenários de impacto ambiental colhidos em 20 anos de atuação. Hoje, usam softwares da companhia organizações como Siemens, Toyota, ThyssenKrupp e Volkswagen.

A simulação permite calcular o impacto em emissão de carbono e custo energético de um produto na fase de projeto, considerando desde a extração da matéria prima necessária, ando pela produção, uso pelos consumidores e descarte final.

No Sul, a novidade deverá ser usada por empresas como Gerdau, Marcopolo e Weg, que integram a carteira de cerca de 2 mil companhias usuárias da solução de CAD 3D na região, quase a metade dos 4,5 mil clientes no país.

Em nível mundial, a SolidWorks bateu recentemente a quantidade de um milhão de licenças em uso – em 2007, a quantidade era de 750 mil – das quais algo entre 4 e 6% está instalada no Brasil.

De olho em 2010
O apelo ecocológico da nova versão do SolidWorks é uma das armas para retomar o crescimento no país no ano que vem, depois de um 2009 complicado.

Muito presente na indústria, a SolidWorks sentiu o impacto da crise no Brasil. Apesar de registrar crescimento mês a mês ao longo do ano, os resultados dos três primeiros trimestres ficaram abaixo  do obtido  em 2008, quando a companhia cresceu 27%, nove pontos percentuais acima da média mundial. A expectativa é obter um resultado comparativamente melhor apenas no último trimestre.

Siqueira destaca que mesmo com a crise, a SolidWorks sofreu menos que seus competidores. “No mundo, nosso faturamento caiu 2% enquando a conrrência caiu dois dígitos”, comenta o executivo.

O country manager do Brasil enfatiza que a empresa manteve todo seu departamento de P&D trabalhando, sem fazer demissões, e que o período de desacelaracão no Brasil foi aproveitado para capacitar as equipes comerciais e técnicas dos 14 parceiros existentes no país, grupo que inclui as gaúchas SKA e Max3D, responsáveis pelos três estados do Sul.

“Reforçamos o foco nas vantagens da migração para o 3D em termos de produtividade e retorno de investimento”, revela Siqueira. 

Segundo uma estimativa do executivo – não há dados de institutos de pesquisa sobre o tema – 65% das companhias ainda usa softwares de CAD 2D, ainda que o número esteja em queda. 

Os migrantes para soluções bidimensionais de outras empresas são um dos vetores de crescimento da SolidWorks no Brasil, totalizando um terço dos novos clientes.

* Maurício Renner viajou a São Paulo a convite da SolidWorks