A Softway, fornecedora de software para gestão de comércio exterior com sede em Campinas, projeta um crescimento de 50% só no segmento de óleo e gás para os próximos três anos.
A aposta é que boa parte desta expansão venha da filial Rio de Janeiro, onde a companhia mantém unidade há dois anos, com expansão de 20% no mercado de Oil&Gas neste período.
“A crescente exploração do mercado de óleo e gás, a necessidade de um controle informatizado da importação e exportação por parte das empresas envolvidas no negócio e a necessidade de gestão dos diversos Regimes Aduaneiros Especiais, como Repetro, IN 513, IN 241 e Drawback, entre outros, nos permitem almejar crescimento”, destaca Menotti Antonio schini Neto, diretor executivo da Softway.
Hoje, a filial fluminense é responsável por 5% do faturamento anual da companhia. Já os clientes do setor de óleo e gás ficam com fatia de 7% da carteira da empresa, conforme Neto.
Por isso a aposta da corporação nestas duas frentes para crescer nos próximos anos, além do fato de que, conforme cita o diretor, números do BNDES dão conta de que a área de Oil&Gas deverá investir R$ 378 bilhões no Brasil entre 2011 e 2014.
O valor previsto é mais que o dobro dos R$ 180 bilhões aplicados de 2005 a 2008.
“Os números revelam o potencial deste mercado e a exploração do pré-sal, especialmente em Santos, deve alavancar ainda mais estes índices em 2011”, avalia Neto.
Às compras e além
Outra estratégia da Softway para crescer nos próximos anos envolve aquisições: a empresa campinense recebeu há pouco um aporte de R$ 60 milhões do fundo de participações DGF Investimentos em troca de uma participação minoritária na companhia.
Segundo informações do Valor Econômico, o dinheiro deve ser investido em aquisições e expansão internacional, visando à abertura de capital na bolsa de valores em três anos.
A primeira compra foi a Softleasing, uma companhia do mesmo ramo com faturamento de R$ 2 milhões e a base de 100 clientes em 2010.
A adquirida oferece soluções, em modelo SaaS, para empresas com exportações e importações anuais menores que R$ 10 milhões, nicho diferente da Softway, que atende a clientes maiores, com venda tradicional de licenças.
Apesar da compra, ambas empresas seguem independentes, atuando dentro da holding T.Global, fundada no final de 2010.
Já no campo da internacionalização, o plano da Softway é abrir uma unidade no México até 2012 e na Colômbia, Chile, Estados Unidos e um país da América Central nos próximos cinco anos.
Uma filial já foi aberta na Argentina, em março ado, com investimentos de US$ 2 milhões.
Com tudo isso, a projeção da empresa de Campinas, que fechou 2010 com faturamento de R$ 60 milhões, é ar dos R$ 100 milhões até 2014.