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Edward Snowden apoia campanha que prevê um acordo internacional sobre os direitos de privacidade digital.
Edward Snowden, ex-agente da agência de segurança dos Estados Unidos (NSA), manifestou seu apoio a uma campanha que prevê um acordo internacional sobre os direitos de privacidade digital.
"Este é um problema global que afeta a todos nós. Temos de apresentar propostas para revindicar quais são nossos direitos, tanto tradicionalmente como na área digital".
Batizada informalmente de “Tratado Snowden”, a campanha foi criada pelo ativista de direitos humanos brasileiro David Miranda, parceiro do jornalista Glenn Greenwald, que ajudou Snowden a publicar muitas de suas revelações a respeito da espionagem feita pela NSA.
Segundo Miranda, a ideia da campanha já existe há dois anos, desde que autoridade britânicas o interrogaram por nove horas, utilizando leis anti-terrorismo do Reino Unido para detê-lo, segundo o CNET.
"Isso me incentivou a lutar contra o sistema, que está tão corrompido", afirma Miranda.
A promopsta teria de ser ratificada pelas Nações Unidas. Os defensores acreditam que o trabalho de encontrar apoiadores do público e das nações que fazem parte da organização levará anos. Miranda disse que há diálogos com os governos sobre a proposta, mas não revelou quais os países.
Para Greenwald, o tratado seria uma forma vital de proteger os direitos dos denunciantes. Ele observou como Snowden, após o vazamento de milhões de documentos da NSA em 2013, encontrou-se numa situação em que, se não encontrasse proteção em outro país, enfrentaria uma potencial longa sentença de prisão.
"Eu acho que a parte crítica desse tratado é dizer que delatores têm direito a proteção a nível internacional. Eles não deveriam ter que confiar em algum tipo de tentativa desesperada no último minuto para evitar ir para a prisão por 40 anos”, completa Greenwald.
A campanha é parte de um esforço internacional liderado por grupos de defesa como Avaaz e da Fundação Electronic Frontier com foco em direitos humanos na era digital.