SINDICATOS

Sindppd-RS tem vitória contra o Sindnet 4j4f67


11 de abril de 2013 - 14:19
Na fundação do Sindnet, representantes do Sindppd-RS foram barrados na porta. Foto: divulgação/Sindppd-RS.

Na fundação do Sindnet, representantes do Sindppd-RS foram barrados na porta. Foto: divulgação/Sindppd-RS.

O Sindppd-RS obteve uma vitória na sua batalha judicial para impedir a criação do Sindnet, sindicato gaúcho dos funcionários de provedores de Internet, fundado em meio a muita confusão no final de fevereiro.

No último dia 13 de março, o Ministério Público do Trabalho publicou parecer, ao qual o Sindppd-RS teve o nesta semana, endossando os argumentos do sindicato que o Sindnet-RS pretende representar uma base já representada pelo Sindppd-RS, e, por tanto, é ilegal.

“A categoria profissional representanda pelo Sindppd-RS não se restringe aos profissionais de empresas de processamento de dados [...] também representa os profissionais de 'informática e similares”, afirma o texto do MPT-RS.

O argumento dos fundadores do Sindnet-RS é que o sindicato atenderá a funcionários de empresas provedoras de Internet e de treinamento, excluindo explicitamente os trabalhadores de companhias da área de processamento de dados.

O Sindnet-RS afirma que a os profissionais do ramo não tem representação na prática.

O parecer do MPT-RS, no entanto, não é vinculante e não seria incomum o juiz encarregado do caso decidir de maneira contrária, segundo disseram ao Baguete Diário fontes do judiciário.

A formação do Sindnet-RS é liderada por Paulo Roberto Cornutti, um empregado da Bitcom de Caxias, que foi eleito em uma assembleia no final de fevereiro cujo efeito está suspenso pelo processo judicial movido pelo Sindppd-RS.

A briga em curso no Rio Grande do Sul é parte de uma disputa nacional com o crescimento de uma linha de sindicatos ideologicamente mais centristas e inclinados a uma relação menos conflituosa com os empresários.

Caso venha a ser fundado, o Sindtel-RS será afiliado à Federação Interestadual de Trabalhadores em Tecnologia da Informação (FEITTINF), que por sua vez é ligada à Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). As duas entidades são lideradas por Antonio Neto, presidente do poderoso sindicato paulista Sindpd.

O onipresente paulista foi recomendado pelo ex-presidente Lula nas últimas eleições do sindicato paulista. A linha da CSB é moderada com referências a uma ideologia “varguista” de “defesa dos direitos dos trabalhadores”.

O Sindpd defendeu publicamente a desoneração da folha de pagamentos da área de TI e o sindicato divulgou notas dizendo que funcionários CLT eram “mais produtivos” que PJs e afirmando que o problema de falta de mão de obra era salarial. Por sua parte, em entrevista ao Baguete, Vera Guasso se posicionou a favor de uma semana de trabalho de 30 horas.

A linha ideológica de Neto e do Sindpd causa urticária no Sindppd-RS, que é filiado à Conlutas, uma organização que não tem status sindical é composta por uma série de movimentos radicais de esquerda, com proeminência ideológica do PSOL e do PSTU, partido pelo qual Vera Guasso já foi candidata à prefeitura de Porto Alegre em diferentes ocasiões.

Caso seja criado, o Sindnet-RS arrecadará contribuições sindicais que ajudarão a financiar a FEITTINF – que já tem seis sindicatos da área de TI filiados.

Hoje, o Sindppd-RS representa uma base estimada em de 20 mil empregados, dos quais cerca de mil pagam mensalidades e o restante o imposto sindical obrigatório. Fontes ouvidas pelo Baguete falam que orçamento anual do sindicato está na casa dos “milhões de reais”.

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