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Siemens PLM quer fazer pequenas empresas decolarem. Foto: Siemens.
A Siemens PLM lançou um programa pelo qual startups do setor de manufatura podem ter o ao software de design SolidEdge sem custo durante sua fase inicial de desenvolvimento de produto.
Inicialmente disponível apenas nos Estados Unidos e Reino Unido, a iniciativa é focada em empresas de até três anos de mercado, que tenham captado menos de US$ 1 milhão em investimentos e tenham faturamento menor do que US$ 10 milhões anuais.
“Muitas startups precisam escolher soluções de CAD com menos funcionalidades devido a dificuldade de assumir custos no começo da operação”, avalia John Miller, vice-presidente sênior do Mainstream Engineering Software da Siemens PLM, responsável pelo produto SolidEdge.
O chamado programa Frontier Partner começou no ano ado, com startups da área de impressão 3D, para incluir depois empresas da área de robótica.
O programa está funcionando onde a Siemens PLM tem lojas digitais. Ainda não há prazo para que a novidade chegue ao Brasil.
Software de CAD é caro, ficando na faixa dos milhares de dólares por licença, o que para uma empresa nos seus estágios iniciais pode significar boa parte do capital disponível para investimentos.
Talvez ainda mais importante do que o software subsidiado, a Siemens pretende que o Frontier Partner ponha as startups participantes em contato com a rede de canais e executivos da própria multinacional em diversas divisões.
Esse último ponto pode fazer toda a diferença. Os negócios de software da Siemens são parte da área de negócios de fábrica digital, criada em 2014, e tem um faturamento próximo a € 10 bilhões.
É muita coisa, mas o grupo como um todo é um gigante de € 75,6 bilhões, com negócios que vão desde turbinas de energia eólica, até trens, ando por equipamento industrial e médico.
Nenhum outro player de CAD está ligado a um conglomerado industrial tão diversificado.
O cenário da indústria está ando por um movimento parecido com o que aconteceu na área de software, com empresas novas apostando em produção open source, embaladas pela popularização de tecnologias como a impressão 3D e Internet das Coisas.
“Queremos nos aproximar do movimento maker e outras tendências inovadoras no mundo da manufatura”, explica Prashant Kulkarni, diretor de desenvolvimento de negócios do Mainstream Engineering Software da Siemens PLM.
Maurício Renner viajou a Indianópolis para cobrir o SolidEdge University a convite da Siemens PLM.