
Técnicos seguem trabalhando nos sistemas da CVC. Foto: flickr.com/photos/ejercitoaire/
A CVC, maior operadora de viagens do país, ainda luta contra os efeitos de um ataque de ransomware sofrido no dia 2 de outubro, com parte dos sistemas fora do ar.
A informação é de um comunicado para o mercado publicado no site da empresa nesta quinta-feira, 7.
A CVC não entra em detalhes, afirmando apenas que “alguns dos seus sistemas permanecem interrompidos, afetando adversamente as suas operações” e que “ainda restam importantes etapas para a retomada da operação”.
A empresa não voltou a se manifestar desde então, o que permite supor que a situação segue na mesma, ou sem progressos notáveis, nesta segunda-feira, 11, nove dias depois do ataque.
Nem a primeira nem a segunda nota divulgada falam sobre se houve vazamento de dados (o que costuma ser feito por default) ou se foi feito um pedido de resgate pelos cibercriminosos (o que costuma ser feito para dizer que a empresa atacada não pretende negociar).
A central de atendimento da CVC, maior agência de viagens do país, continua temporariamente fora do ar, informou a empresa.
Ainda não há previsão para o retorno do serviço. De acordo com a companhia, as operações de embarque e as reservas já confirmadas não foram impactadas.
Os problemas da CVC vão além de restabelecer os seus próprios sistemas.
A Gol, empresa aérea que provavelmente é um dos maiores parceiros comerciais da CVC, bloqueou os e-mails vindos da empresa no mesmo dia no qual o ataque veio à público.
A medida faz parte de um comunicado interno da Gol ao qual o Baguete teve o.
Procurada pela reportagem do Baguete, a Gol confirmou o teor da comunicação, afirmando que "aumentou seus níveis de alerta em virtude de ação de hackers contra parceiros e adotou todas as medidas preventivas cabíveis para que tais ameaças não afetem seu sistema interno".
Na questão principal do bloqueio dos e-mails da CVC, a Gol optou por desconversar e não se manifestou. A empresa também não respondeu se o bloqueio ainda segue em vigor na segunda-feira, 04.
Pode ser que ele siga em vigor agora, pode ser que não.
O rumor que circula é que outras companhias aéreas teriam adotado medidas similares, mas não surgiram comunicados internos que comprovem essa informação.
O ataque ao CVC Group afeta a CVC, a maior agência de viagens do país, e o Submarino Viagens, um dos maiores sites de comparação de preços de agens aéreas.