
Mercadante, Tarso e Prodanov lançaram o RS Tecnópole
Levantar R$ 400 milhões nos próximos quatro anos para o setor tecnológico gaúcho é a meta do secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT), Cléber Prodanov.
O objetivo envolve multiplicar por 11 o orçamento da secretaria em 2011.
Para cumprir a meta, Prodanov conta com o apoio do governo federal, que recebeu nessa segunda-feira, 25, uma nota técnica do governo gaúcho cujos projetos, somados, demandam um total de R$ 351 milhões.
Há cinco meses no cargo, Prodanov já tem pelo menos 3% da meta garantidos, graças aos R$ 12 milhões do caixa do governo do estado destinados ao primeiro edital do programa RS Tecnópole, lançado nessa segunda, com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.
Orçamento magro
Hoje com orçamento de R$ 36,3 milhões, segundo a proposta orçamentária para o ano de 2011, a SCIT chega aos R$ 48 milhões nesse ano com esse edital, voltado inicialmente para infraestrutura dos parques.
“O que eu quero são R$ 400 milhões em quatro anos para completar a iluminação do estado”, reforça o secretário.
O titular reconhece que a SCIT tem um caixa pequeno no conjunto das secretarias gaúchas. Ciência e Inovação tem o oitavo menor orçamento, comparado a outras pastas, caindo para o 25° - logo abaixo da Metroplan - se incluídos todos os órgãos e autarquias sob o guarda-chuva do executivo gaúcho.
“Nós estamos ajudando. Já esprememos R$ 12 milhões do mirrado orçamento estadual”, diz Tarso. “E se possível, vamos substituir os recursos com liberação do BNDES”, completa o governador.
Como chegar lá
Independente da fonte, os R$ 12 milhões são o primeiro o.
Prodanov, que até o final do ano ado era pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Feevale, diz que continuará buscando recursos especialmente o Ministério de Ciência e Tecnologia. Capes, Finep, CNpQ, Petrobrás, Telebras, Eletrobrás, CEEE, MEC e Corsan ampliam a lista de fontes.
“Queremos que o orçamento cresça. Uma das políticas que estamos colocando em prática é organizar projetos estratégicos para o desenvolvimento tecnológico do estado”, diz o secretário.
Doze projetos foram entregues numa nota técnica a Mercadante nessa segunda-feira. Segundo o ministro, o documento preenche uma lacuna em Brasília, já que havia uma escassez de propostas do estado vinculadas ao seu ministério.
“Nós temos projetos e demandas sim, e agora entregamos ao ministro uma pauta com propostas de parceria para nosso estado”, disse Tarso.
O valor total arrecadado para os próximos quatro anos, se todas os projetos apresentados na nota técnica forem aprovados, será de R$ 351 milhões, fazendo dos R$ 400 milhões uma meta mais próxima.
Mão companheira
“Posso garantir que o Rio Grande do Sul é um estado muito importante para o governo da presidente Dilma”, disse Mercadante, o 16° ministro a ar pelo estado em 100 dias, numa alusão ao ado político da presidente em Porto Alegre, onde exerceu, entre outras, o papel de secretária do governo Olívio Dutra.
À medida em que forem liberados, os recursos serão gerenciados pela secretaria, ou entidades vinculadas à Ciência e Inovação, e aplicados em parques tecnológicos e polos de desenvolvimento.
Entre os planos entregues nessa segunda-feira estão aportes para os parques – a maior fatia, totalizando R$ 264 milhões – investimentos em P&D e a criação de um sistema estadual de monitoramento, alerta e alarme de desastres climáticos, orçado em R$ 20 milhões.
Mais recursos garantidos
Outras medidas para a engorda já estão em andamento.
No início do mês, Prodanov reuniu-se em Brasília com parlamentares e autoridades do governo federal para negociar investimentos. Uma das promessas obtidas foi a liberação de R$ 10 milhões de uma emenda parlamentar de 2010 para a UERGS, e mais R$ 10 milhões ao ano para a Universidade, também em emendas, até 2014.
Se confirmados os R$ 40 milhões prometidos em emendas, a Uergs contará com incremento anual de 25% no orçamento nos próximos quatro anos.
“Esses recursos vão para reformas, equipamentos de laboratórios e bibliotecas”, revela Prodanov.
Novos editais pela frente
Segundo o secretário, espera-se resposta sobre outros investimentos até o final desse ano. “À medida que os recursos forem sendo obtidos iremos abrir novos editais, como o que anunciamos nessa segunda”, completa.
Para se habilitar no primeiro edital do RS Tecnópole (01/2011) os parques tecnológicos já cadastrados no programa PGtec devem apresentar projeto com valor de até R$ 2 milhões, sendo no mínimo 20% como contrapartida do Parque Tecnológico.
Ainda no primeiro semestre de 2011 deve ser lançado um segundo edital de apoio a Parques e Polos Tecnológicos, no valor de R$ 3,5 milhões.