SAP sobe de nível em São Leopoldo 5aw6k

A operação da SAP em São Leopoldo foi “promovida”, dentro do contexto interno da multinacional, deixando de ser um centro de serviços para ar a desempenhar também atividades de pesquisa e desenvolvimento, sob a denominação SAP Labs Brazil.

“Provamos o que podemos fazer, ganhamos a confiança da matriz e aumentamos o escopo da operação”, resume Erwin Rezelman, presidente da SAP Labs Brazil, um dos nove centros do gênero espalhados pelo mundo.
16 de dezembro de 2008 - 17:47
SAP sobe de nível em São Leopoldo
A operação da SAP em São Leopoldo foi “promovida”, dentro do contexto interno da multinacional, deixando de ser um centro de serviços para ar a desempenhar também atividades de pesquisa e desenvolvimento, sob a denominação SAP Labs Brazil.

“Provamos o que podemos fazer, ganhamos a confiança da matriz e aumentamos o escopo da operação”, resume Erwin Rezelman, presidente da SAP Labs Brazil, um dos nove centros do gênero espalhados pelo mundo.

Uma das novidades é o atendimento a clientes americanos, antes feito pela unidade da Índia, assim como projetos focados em médias empresas e treinamento de parceiros para os softwares Bussiness One e All in One.

Ao todo, as áreas de competência aram de duas para seis, sendo que mais três serão integradas em 2009.

Mas nem tudo são boas novas. Como conseqüência da crise econômica, a SAP congelou novas contratações – medida que Erwin não espera ver revista até o segundo semestre de 2009 – e o centro leopoldense hoje conta com 200 funcionários, 60 abaixo do esperado. Em dezembro do ano ado, a estimativa era fechar o ano com 380 colaboradores.

Outro revés é o atraso nas obras do prédio nas proximidades do Pólo de Tecnologia. Hoje a SAP está instalada provisoriamente no antigo D da Unisinos. O contrato de cerca de R$ 30 milhões com a W/Torre foi cancelado.

A obra será assumida esta semana pela Tedesco, com expectativa de ser entregue em maio, quatro meses depois do previsto. Está mantido projeto de ser o primeiro prédio do Brasil com o selo ambiental LEED.

Os problemas não afetam o otimismo de Rezelman, que foi responsável pela construção do SAP Labs China desde que este tinha 16 funcionários até chegar a 450 quatro anos depois. Desde 2006, o holandês coordena o centro brasileiro, reportando diretamente para a sede da multinacional.

Ao contrário do que costuma ser a queixa comum, Rezelman diz não ter problemas para contratar profissionais qualificados e que falem inglês fluente. “Nosso quadro é formado em 98% por pessoas que residem a 30 km daqui”, revela o presidente.

De acordo com Rezelman, apenas 5% dos contratados precisam de capacitação extra em inglês. A questão tecnológica é mais problemática, visto que 60% não têm a experiência requerida em ferramentas SAP, recebendo treinamento interno.

O time que a SAP formou até agora em São Leopoldo é bastante experiente: 49% do total têm mais de nove anos de experiência da área de TI, e outros 30%, entre seis e oito. O turnover é baixo, apenas 2%. “Em São Paulo, o número é 9% e na Índia, 19%”, revela o executivo.

Em termos globais, o SAP Labs Brazil ainda é o menor de todos – Rezelman enfatiza o fato de ser o que mais cresce  - atrás de operações como a canadense, com 350 funcionários e muito atrás da líder Índia, onde os colaboradores são 4,5 mil.

A médio prazo, a situação do centro brasileiro deve melhorar.  Rezelman planeja ter 600 funcionários em 2010 e mil em 2012, quando deverá estar terminado um novo prédio em São Leopoldo, ainda mais verde que o primeiro.

“Nunca chegaremos ao tamanho da Índia, porque não há como bater custos. Mas podemos ser tão grandes quando Israel ou China”, comenta Rezelman, demonstrando entusiasmo com as recentes demonstrações do governo brasileiro no sentido de reduzir a carga de impostos sobre a exportação de software.