
SAP Labs em Sao Leopoldo. Foto: Divulgação/SAP.
O SAP Labs, centro de e e desenvolvimento da SAP instalado em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, está recebendo funcionários desabrigados pelas fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul.
Segundo a reportagem do Baguete pode averiguar em comunicados internos do SAP Labs, ao menos 60 funcionários do SAP Labs tiveram que sair das suas casas por causa das enchentes.
Deles, um número não revelado nos comunicados está instalado no centro, juntamente com familiares e animais de estimação. A informação apurada pelo Baguete é que o local está com a lotação esgotada no momento, seja lá qual for ela.
A empresa também decretou home office até o final do mês para o resto de funcionários, algo em torno de 2 mil pessoas, com o uso dos escritórios apenas para fins indispensáveis.
A SAP não comenta em detalhes a ação em curso no SAP Labs.
Em uma nota divulgada na semana ada, a empresa fala apenas em termos genéricos que “organizou acomodações físicas apropriadas para que seus colaboradores, juntamente com seus familiares e animais de estimação, pudessem se abrigar em lugar seguro neste momento de calamidade”.
A empresa também organizou uma campanha de doações global entre seus funcionários, no qual vai colocar um real para cada real doado.
Parece bastante provável que a empresa esteja abrigando no local no momento algumas dezenas de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, além de cachorros e gatos.
Há bons motivos para escolher o SAP Labs como um refúgio. O centro fica em um ponto elevado de São Leopoldo, seguro contra inundações.
A Unisinos, universidade que fica ao lado e em cujo parque tecnológico o SAP Labs está instalado, também está recebendo pessoas nos seus ginásios esportivos.
Inaugurado em 2006 e expandido duas vezes desde então, o SAP Labs é um prédio moderno de escritórios, com 30 mil metros quadrados de espaços amplos e bastante iluminação natural.
Ainda mais importante, o prédio verde é eficiente no uso de energia e capaz de reciclar água da chuva para alguns usos internos, como dar descarga nos banheiros, um luxo em um momento em que boa parte da região metropolitana de Porto Alegre não tem água, nem energia elétrica.
Muito provavelmente (a verdade é que esse repórter não prestava atenção nisso) o prédio conta com placas de energia solar, e é quase certo que conte com alguns geradores de energia, algo normal em centros de e de empresas desse porte.
O SAP Labs é um empregador prestigiado na cidade e aparece com alguma frequência em rankings de melhores para trabalhar. Pelo que aparece, a empresa faz jus à sua reputação na hora que o bicho pega.
São Leopoldo, cidade natal deste repórter que vos escreve, é um município de 234 mil habitantes às margens do Rio dos Sinos (o nome vem do seu trajeto sinuoso) que está entre os momentos entre os locais mais afetados pela enchente sem precedentes que atinge boa parte do Rio Grande do Sul.
Segundo dados da prefeitura, um total de 180 mil moradores são afetados pela cheia do rio de alguma forma, 34 mil casas estão totalmente submersas e mais de 12 mil pessoas estão instaladas em abrigos provisórios pela cidade.
Neste ano a cidade, fundada por imigrantes alemães em 25 de junho de 1824, projetava as comemorações dos 200 anos de imigraçao alemã no Brasil. No momento, as preocupações são de natureza bem mais imediata e dizem mais respeito ao futuro do que ao ado.