
Diego Dzodan, presidente da SAP do Brasil.
A SAP cresceu 277% em vendas de softwares na região Sul durante o segundo trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano ado, com o Rio Grande do Sul puxando a fila com uma alta de 455%.
Os resultados ficaram acima da média da empresa no país, onde a alta das vendas de novos softwares ficou em 107%.
O indicador das vendas de novos softwares é usado na indústria para medir a pujança da empresa, uma vez que representa a entrada de novos clientes na carteira.
No total, incluindo as receitas de e, manutenção, consultoria e treinamento, a SAP cresceu 46% no período, bem acima dos resultados mundiais, no quais a alta foi de 4% para 4,06 bilhões de euros.
“São resultados extraordinários se comparados com a média do crescimento do mercado e o momento da economia brasileira”, afirma o presidente da SAP Brasil, Diego Dzodan, que comentou os resultados em teleconferência realizada nesta quinta-feira, 18.
Dzodan atribuiu o bons resultados à estratégia de regionalização posta em prática pela SAP no começo do ano, quando foram criadas diretorias específicas destinadas a fomentar vendas no Centro-Oeste e Nordeste, Interior de São Paulo e no Sul.
A regional Sul é comandada pelo gaúcho Juliano Korff, que está na SAP há três anos, vindo de agens Bearing Point USA (adquirida no Brasil pela Americana CSC) e Neoris.
As vendas na região só perderam para as do Centro-Oeste, onde a alta ou dos quatro dígitos. Tendo em que a SAP tem uma base muito pequena em estados como Mato Grosso e que já possui uma base sólida no Sul, o crescimento por aqui é ainda mais surpreendente.
“Tivemos um crescimento forte na área de manufatura e agronegócio, além de entregar projetos mais sofisticados para a clientes antigos, usando tecnologia Hana para processamento de obrigações fiscais”, explicou Dzodan.
O executivo argentino, no comando da SAP Brasil em julho do ano ado, não menciona nomes, mas também não é preciso. Ao longo dos últimos meses, o Baguete vem divulgado uma série de grandes contratos que a multinacional alemã tem fechado na região.
Só em julho, por exemplo, a empresa fechou a implementação de um ERP na Stara, uma conta nova, e um canal entregou um projeto fiscal para a Quero-Quero, um cliente da base.
Em abril, a C. Vale, uma das maiores cooperativas agroindustriais do país, sediada no Paraná, fechou a compra de um sistema de gestão.
Parte dos resultados se dá inclusive crescendo sobre a base dos concorrentes, como no caso da Tigre, que em dezembro decidiu migrar da Oracle para SAP, ou a Kepler Weber, que fez a mesma decisão em relação ao seu sistema Totvs.
VENDAS INDIRETAS
Do total de vendas no trimestre, 46% foram feitas via canal, adiantando a meta da multinacional de cruzar a barreira dos 40% através de canal até 2015.
A subsidiária possui mais de 3.500 clientes em sua base atualmente. Destes, 32% são grandes empresas e 68% PMEs.
A modalidade de vendas indiretas teve um salto de 263% frente ao mesmo trimestre do ano ado, enquanto o número de novos parceiros de 2012 para os seis primeiros meses de 2013 cresceu 25%.