SAP: CFO não é vilão da TI 6a244x

Não é de hoje que a relação CIO x CFO é complicada. Em agosto do ano ado, por exemplo, o assunto foi um dos tópicos mais discutidos no CIO Executive Day, evento promovido pelo ISF em Porto Alegre.

Em uma das palestras mais assistidas do encontro, o CIO do Sebrae-PR, Allan Campos Costa, chegou a destacar como “erro comum” o fato de gestores de TI se reportarem a chefes financeiros dentro das corporações.
05 de março de 2009 - 11:24
SAP: CFO não é vilão da TI
Não é de hoje que a relação CIO x CFO é complicada. Em agosto do ano ado, por exemplo, o assunto foi um dos tópicos mais discutidos no CIO Executive Day, evento promovido pelo ISF em Porto Alegre.

Em uma das palestras mais assistidas do encontro, o CIO do Sebrae-PR, Allan Campos Costa, chegou a destacar como “erro comum” o fato de gestores de TI se reportarem a chefes financeiros dentro das corporações.

“O que faz um CFO? Controla custos. Ele é pago para reduzir gastos, garantir otimização de recursos. Então, tenha certeza: todo projeto será visto por ele como um gasto a mais”, afirmou Costa, na época.

Mas será que esta é uma máxima? Para saber, o Baguete entrevistou esta semana, durante do SAP Fórum, o CFO da companhia alemã no Brasil, Marcelo Bicalho.

Para o executivo, a relação entre CFOs e CIOs já não é tão problemática assim. Pelo contrário: torna-se dia a dia mais próxima, especialmente devido ao momento de crise mundial.

“O papel do CFO tem mudado, não se trata mais apenas de cortar custos, mas de trabalhar pela busca da eficiência na gestão das empresas”, ressaltou Bicalho. “E esta eficiência não tem como ser alcançada sem um engajamento direto com a área de TI. Debater soluções, encontrar ferramentas adequadas, otimizar processos, tudo isso tem a interação entre CIOs e CFOs como fundamental, especialmente em tempos de crise”, garantiu.

A crise e a SAP
Falando em turbulência econômica, o Baguete também quis saber das estratégias da SAP para escapar da recessão.
 
Conforme Bicalho, a companhia adotou uma política global de redução de custos e reorganização de processos. “Cortamos gastos, por exemplo, com viagens, além de consolidar escritórios, concentrando operações dispersas”, conta o CFO.

A estratégia também atingiu o Brasil, onde algumas unidades regionais foram consolidadas. “Também apostamos no home office, por aqui, para reduzir custos”, informa o executivo financeiro.

Futuro
Para 2009, as apostas da SAP no Brasil – um dos países onde a companhia espera crescer mais, em meio à recessão – serão nas áreas de BI e GRC.

“Estas ferramentas representam investimentos vitais para empresas que querem superar a crise”, defende Bicalho. Segundo o CFO, a previsão de crescimento da companhia no país ainda não foi definida, mas deverá ficar na casa dos dois dígitos, a exemplo dos últimos anos. “O que sabemos é que prevemos, no país, uma expansão maior do que a da operação mundial”, concluiu.