
Prefeitura do RJ lançou edital exigindo parquímetros digitais e sensores de vagas. Foto: Celso Pupo/Shutterstock.
A prefeitura do Rio de Janeiro abriu um edital para a exploração das 37 mil vagas de estacionamento das ruas da cidade por 15 anos. O governo criou o conceito de Vagas Inteligentes do Rio (VIR) e exige a adoção de tecnologias móveis na operação e divulgação do serviço.
Entre as obrigações do edital estão parquímetros digitais e conectados, sensores de vagas, pagamento via app, e uma API pública para integração com outros aplicativos.
O primeiro lote da concorrência, que contempla a Zona Norte e parte da Zona Sul, tem preço mínimo de R$ 66 milhões. Já o segundo lote abrange Centro, Zona Norte e parte da Zona Sul, com valor de pelo menos R$ 41 milhões
De acordo com o edital, as propostas devem ser entregues até o dia 12 de abril e o sistema precisa estar operacional em dois anos.
O plano da prefeitura é instalar 1,2 mil parquímetros digitais e conectados com o centro de operações do serviço. No parquímetro, o motorista poderá comprar o tíquete do estacionamento com cartão de crédito, cartão de débito ou cartão pré-pago do serviço de estacionamento, comercializado em pontos de venda.
O equipamento será dotado de tecnologia Mifare, de comunicação por aproximação, a mesma utilizada pelos cartões de bilhete único do Rio, segundo o MobileTime, para possível integração futura. O parquímetro não aceitará pagamento em dinheiro ou moeda.
A prefeitura também exige que a informação de vagas livres seja enviada em tempo real para o centro de controle e disponibilizada em aplicativos móveis para o público.
As concessionárias vencedoras terão que desenvolver um aplicativo móvel do serviço para Android, iOS e Windows Phone, contemplando pelo menos as três últimas versões de cada um desses sistemas operacionais.
Entre os recursos do app precisam estar a orientação, inclusive por voz, para que o motorista chegue até a quadra mais próxima com vagas disponíveis; busca com filtros por tipo de vaga (idosos, deficientes, etc); informações sobre tarifas por região; pagamento do estacionamento; localização de onde o carro foi estacionado, entre outros.
Motoristas com feature phones precisam ter a opção de pagamento por SMS ou USSD.
Apesar de não ter lançado um edital de longa duração como a cidade carioca, Curitba já teve uma experiência com o estacionamento inteligente. Em 2014, a capital paranaense realizou um projeto-piloto com o Pango, app que substitui parquímetros e demais mecanismos para cobrança de estacionamento rotativo.
Uma tecnologia de cartão eletrônico que permite a compra de créditos para o estacionamento rotativo por celular ou tablet foi utilizada para estacionamento em 288 vagas de Estacionamento Regulamentado (EstaR), distribuídas em sete ruas do Centro Cívico.
Alguns meses depois, ainda em 2014, a cidade também testou outra tecnologia para o EstaR, da empresa C-Park. O modelo tem como base um aparelho que fica no carro do usuário e é acionado quando ele utiliza uma vaga de EstaR.