
Redes são o negócio da Riverbed. Foto: pogonici / Shutterstock
O fundo de investimento Elliot Management ganhou mais uma batalha nesta segunda-feira, 15, quando a Riverbed foi comprada pela Thoma Bravo por US$ 3,6 bilhões, ou US$ 21 por ação.
Desde janeiro o fundo, que tinha 10% da Riverbed, vem forçando a mão para que a gestão da empresa vendesse o negócio.
O Eliott chegou a fazer uma oferta de US$ 19 por ação em janeiro, reajustada para US$ 21 em fevereiro. A estratégia era atrair outras ofertas, o que finalmente aconteceu.
A Riverbed se viu forçada a aceitar a comprada Thoma Bravo em meio à insatisfação dos acionistas com os resultados em 2014 e o consequente temor que a oferta de US$ 21 não fosse ser superada num futuro próximo.
Apesar de ter aumentado as vendas em 22% em 2013, ultraando a casa do US$ 1 bilhão, a Riverbed teve uma performance menos empolgante esse ano, crescendo 6% nos primeiros nove meses. O lucro líquido foi de US$ 21 milhões.
De acordo com analistas de mercado, a empresa ainda está ando por dificuldades para integrar a Opnet, uma aquisição de US$ 1 bilhão feita em 2012 e dúvidas sobre o seu modelo de negócios.
Com o hype em torno das redes definidas por software, empresas de equipamentos de redes estão ando por apertos e a Riverbed não é a líder de mercado como a Cisco ou tem o cacife tecnológico da Arista, avalia o San Jose Mercury News.
O desempenho das ações também já não é o que era. Lançada no mercado por US$ 9,75 a ação em 2006, a Riverbed chegou a ter um pico de US$ 40 em 2011.
Atualmente, o Brasil representa cerca de 3% do faturamento global da empresa. São mais de 100 canais espalhados pelo país, atendendo a clientes como Rede Brasil e Paquetá.
Em maio, a empresa contratou João Paulo Melo, ex-Cisco, como novo country manager da companhia.
A Riverbed não foi a primeira “dobradinha” entre o Eliott e a Thoma Bravo. Meses atrás, a Thoma levou a Compuware por US$ 2,5 bilhões; a Blue Coat por US$ 1,3 bilhão em 2012 e a Novell por US$ 2,2 bilhão ainda em 2010.