Carlos Ghosnno, CEO de Renault e Nissan. Foto: Divulgação.
A Renault e da Nissan lançarão carros autônomos em 2016. Os primeiros modelos serão capazes de dirigir sozinhos durante engarrafamentos, mas não prescindirão dos motoristas.
"É importante diferenciar carros autônomos de carros sem motorista. No carro autônomo, o motorista está dentro do automóvel. Hoje, 90% dos acidentes acontecem por causa de erro humano. Se conseguirmos limitar a intervenção humana, diminuiremos os acidentes", ressaltou Carlos Ghosnno, CEO das montadoras, no Mobile World Congress, segundo o TeleTime.
A funcionalidade de autonomia de direção chegará primeiro aos modelos top de linha das marcas deixará os carros um pouco mais caros.
As montadoras devem lançar uma segunda geração de carros autônomos em 2018. Os modelos serão capazes de dirigir sozinhos em estradas, inclusive com mudança de faixa.
Já para 2020, as marcas apostam uma terceira geração com direção autônoma em qualquer situação.
Enquanto isso, os carros sem motorista devem ficar para 2030, pois requerem muito mais desenvolvimento, além da negociação com reguladores para a sua liberação e cuidados contra ataques cibernéticos.
Segundo Ghosn, há decisões difíceis que precisam ser tomadas por carros autônomos em um piscar de olhos. Um exemplo relatado trata de um automóvel que está parado em um cruzamento, com o sinal vermelho, e percebe outro veículo vindo em sua direção, por trás, com risco de colisão. A decisão sobre o carro avançar o sinal é uma que precisa ser programada e imaginada.
A Nissan é hoje a maior produtora de carros elétricos do mundo, com 250 mil unidades já vendidas. O maior mercado para esse produto são os EUA. Somente a cidade de Atlanta concentra um terço das vendas, por conta de incentivos locais, como estacionamento gratuito.
Segundo Ghosn, a empresa não se preocupa atualmente com a competição de novos entrantes da área de tecnologia, como a Apple, no segmento de carros elétricos, por acreditar entende que o lançamento de novos carros elétricos fomentará esse mercado.