.jpg?w=730)
Foto: Deposit Photos.
A Quiq, startup gaúcha que conecta aplicativos de delivery a restaurantes, demitiu cerca de 40 pessoas da sua equipe, o equivalente à metade dos seus 88 colaboradores.
Conforme o site Startups, as demissões afetaram times como o RH, que foi totalmente desativado, além de analistas de negócio, marketing e executivos do alto escalão. O CEO Cristian Cavalheiro estaria deixando a companhia até o fim do mês.
Cavalheiro, que está na Quiq desde fevereiro de 2022, foi a cara da área de TI da Getnet por muitos anos, participando desde o começo da trajetória da empresa. Em 2014, o negócio foi vendido para o Santander e o executivo foi junto, ficando no banco até 2021.
Em call com os funcionários dispensados, a Quiq destacou que fornecerá vale-refeição e plano de saúde por dois meses após o desligamento.
Entre os motivos das demissões, estaria a dificuldade na captação de uma nova rodada de investimento esperada para este ano. Com o capital, o planejado era aumentar 10 vezes a base de clientes em 2023.
Ainda de acordo com a publicação, a Quiq sentou à mesa com cerca de 50 fundos e investidores, mas as conversas não avançaram pela falta de consenso sobre o valuation ideal. Além disso, os sócios da empresa não teriam injetado fundos adicionais no negócio.
Apesar de tudo, executivos da startup estão no SXSW, nos Estados Unidos, em busca de investidores em uma missão liderada pelo Tecnopuc, parque tecnológico sediado em Porto Alegre.
A Quiq foi lançada em agosto de 2021 com a grife de José Renato Hopf, fundador da GetNet, junto a nove grandes marcas do fast food — como McDonald’s, Domino’s, Outback, Giraffas, Rei do Mate, Spoleto e Bob’s.
Os nomes se juntaram para fazer um Software as a Service para gestão de pedidos on-line, desenvolvido durante dois anos pela 4All, venture builder fundada por Hopf.
Na ferramenta, o dono do restaurante ou o franqueado faz o do seu cardápio e centraliza a gestão em apenas uma plataforma, que se integra a todos os marketplaces de delivery.
Com isso, os estabelecimentos am a ter os dados do consumidor final, que antes ficavam apenas com os marketplaces.
A startup começou integrada a 5 mil restaurantes, sendo boa parte lojas dos sócios. Em três anos, a meta era chegar a 60 mil, quase 10% do mercado brasileiro. Em seguida, a ideia era adaptar a tecnologia a mercados na Europa e Estados Unidos.