Projetos - quem faz o quê? 18d4o

Um projeto envolve diversos aspectos, mas, de longe, o principal quesito para que a iniciativa alcance o sucesso é a definição dos papéis de cada pessoa envolvida.

A afirmação é de Vilca Damiani, especialista em gerenciamento de projetos de TI com experiência na implantação de metodologias como PMI, RUP, MSF, ITIL e MOF, que palestrou no VI Seminário de Gerenciamento de Projetos do PMI-RS na sexta-feira, 25.
28 de setembro de 2009 - 09:24
Projetos - quem faz o quê?
Um projeto envolve diversos aspectos, mas, de longe, o principal quesito para que a iniciativa alcance o sucesso é a definição dos papéis de cada pessoa envolvida.

A afirmação é de Vilca Damiani, especialista em gerenciamento de projetos de TI com experiência na implantação de metodologias como PMI, RUP, MSF, ITIL e MOF, que palestrou no VI Seminário de Gerenciamento de Projetos do PMI-RS na sexta-feira, 25.

Para a consultora, que também é dona da Cadência – Práticas em Projetos, nada gera mais incertezas, surpresas e “empacamentos” do que a falta de definição, especialmente nas gerências. Começando pelo gerente do projeto, propriamente dito.

“O gerente de projeto tem a função da tomada de decisões, mas precisa saber reconhecer que também o gerente funcional, outra peça-chave de um projeto, e o gerente executivo, ou patrocinador, atuam nesta ação”, destacou Vilca. “Por exemplo: o gerente de projeto pode achar que manda em tudo, mas, no fim, quem tem o controle sobre o orçamento – onde e quando cada aporte será aplicado – e os prazos é o gerente funcional”, complementou.

Para Vilca, portanto, o papel do gerente de projeto se divide entre o de decisor e, principalmente, integrador - ele precisa atuar como um advogado, tanto para ao cliente, quanto para o patrocinador e a equipe. “Somente esta comunicação, esta integração, garantirá a conclusão do trabalho e a entrega do projeto”, ressaltou a especialista.

O gerente funcional, por sua vez, também precisa adotar uma postura integradora. Se é ele que define cada ação, investindo e determinando seu prazo, também terá de ficar atento ao andamento da equipe e garantir a boa comunicação entre todos os membros, salientou a consultora.

E por falar em equipe, outro ponto crucial é a composição e a clareza na definição dos papéis de cada integrante da mesma, segundo Vilca.

“Algumas vezes vai ser preciso, inclusive, lidar com o fato de um membro ter o salário mais alto do que o das gerências, devido ao seu grau de especialização. Caberá ao gerente de projeto ter esta flexibilidade”, declarou ela. “Além disso, esclarecer o que cada um precisa fazer, até quando e com quanto também é fundamental, até para evitar frustrações. Se alguém o está decepcionando, a pergunta deve sempre ser: esta pessoa sabe qual é o seu papel, sabe o que espero dela?”, questionou.

E quanto ao gerente executivo? Trata-se do patrocinador que, segundo a consultora, precisa ser conquistado desde o início, ou então o prejuízo será do próprio projeto.

“Antes de definir um gerente executivo, é preciso saber três coisas: os recursos de que ele dispõe são suficientes? Ele terá disponibilidade para acompanhar o projeto? E, principalmente, ele tem interesse no que será desenvolvido?”, comentou a especialista.

Definido este gerente, Vilca define uma técnica como básica para garantir a manutenção de seu interesse – o que, inevitavelmente, incorrerá na conclusão ou não do projeto.

“Determine e apresente resultados de curto prazo, mantendo, assim, o gerente executivo constantemente informado”, afirmou ela.

No fim, segundo Vilca, a solução para tudo está em agir de forma coletiva.

“O planejamento e a ação coletivizados permitem que cada envolvido no projeto se sinta realmente pertencendo a ele, e só isso trará o engajamento necessário”, garantiu a consultora.